Wakabara

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Você pode substituir Ad Astra por...

Ai, Ad Astra não me convenceu, não. Não sei se é a interpretação de Brad Pitt, que na verdade muita gente tem elogiado; se o tema não conversa comigo (eu entendi que o tema é solidão e melancolia, algo próximo de um estado depressivo, de uma falta de perspectiva futura e uma tentativa de resolver isso com uma questão do passado). É bonito sim, com fotografia lindíssima; e tem ideias interessantes como uma lua colonizada com vôos comerciais (da Virgin, claro). Mas talvez eu tenha achado que o roteiro e direção apelam para um melodramático exagerado quando o personagem Roy McBride, faz de tudo (de verdade, faz de tudo mesmo!!!) para rever o pai numa relação que nem é construída de fato.

E vamos combinar: se um filme hollywoodiano traz um título em latim, é porque ele quer muito forçar a barra, vai. Acho prepotente.
Sim, a gente poderia ter várias leituras sobre essa jornada do personagem. Vi que o diretor James Gray falou do espectro do autismo (um grau leve) que Roy McBride tem. É um subtexto que você pode supor mas nunca é colocado de maneira clara no roteiro. Gray diz que isso não é um fato, mas que ele comentou a respeito em uma entrevista: a Nasa costuma procurar pessoas que não precisam de interação social para se manter saudáveis.
É um filme que, apesar de eu não ter gostado muito, como vocês podem perceber, me fez ficar pensando.

Mas tem gente que gostou, então assista por sua própria conta e risco e... vai que você gosta? Para mim, tem diversos outros filmes com astronauta que são bem mais interessantes - vamos a eles:

E NÃO assista Passageiros (2017) com Jennifer Lawrence e Chris Pratt, é muito ruim! Nesse caso, melhor assistir Ad Astra mesmo!