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Meire Pavão fundamento!

July 17, 2020 by Jorge Wakabara in música

Rainha da juventude, sim!
Para começo de conversa, Meire Pavão pediu um táxi antes. Bem antes. E assim como Angélica foi de táxi em uma versão de Joe Le Taxi de Vanessa Paradis, Meire pegou o seu com os Beatles. É uma versão de Taxman (que quer dizer "cobrador de impostos" e não "taxista", e por isso mesmo a versão é ainda mais maravilhosa).

Meire nasceu em Taubaté e como não fazia parte do, digamos, alto escalão da Jovem Guarda, ela fica meio perdida na história da música pop brasileira. Só que Meire participou de muitas gravações de disco infantil. Muitas mesmo! É por isso que talvez, se você é da mesma geração que eu ou um pouquinho mais velho, a voz lhe é familiar. Discos tipo A Festa do Bolinha (1977), o incrível Os Treze Mandamentos da Criança Bacana (1977) e Sítio do Picapau Amarelo (o de 1976) são alguns dos que ela participou. O compacto de Família Buscapé (1966) foi o primeiro dela a estourar de verdade, então no fundo ela sempre esteve ligada a essa coisa mais lúdica.

No vídeo abaixo, você vai se surpreender com uma informação dada pelo irmão da Meire, o Albert Pavão:

Sim, uma das bandas da Meire saiu de uma parte do O'Seis, o grupo que ficou conhecido como a semente dos Mutantes. CHOQUE.

O'Seis: os irmãos Baptista, Rita Lee e Mogguy mais… será que é o guitarrista Raphael Villardi ou o baterista Luiz Pastura?

O'Seis: os irmãos Baptista, Rita Lee e Mogguy mais… será que é o guitarrista Raphael Villardi ou o baterista Luiz Pastura?

Raphael Villardi, que fez parte do O'Seis, era amigo do Albert – daí vem a conexão.

Nos anos 1970, Meire começou a se afastar da vida artística, focando nesses discos infantis de estúdio. Virou uma espécie de elo evolutivo entre Celly Campello e Wanderléa – ela é citada por Erasmo Carlos em Festa de Arromba, inclusive! Mas talvez pela quantidade de sucessos lançados, é menos lembrada que as outras duas colegas.

Como eu já disse, um dos compactos mais famosos de Meire Pavão, senão o mais famoso, é esse:

É família Buscapé!

É importante dizer que o disco de Sítio do Picapau Amarelo não é aquele da música do Gilberto Gil. Na Globo, a trama inspirada em Monteiro Lobato começou a ser exibida em 1977. Na Bandeirantes, onde pelo que entendi está a trilha da qual Meire participou, apareceu entre 1967 e 1969. Só que o disco só saiu em 1976! Que timing, né?

É interessante, apesar de não ser tão legal quanto a da Globo.
O Sítio teve mais duas versões antes dessa da Band: entre 1952 e 1962, foi da Tupi. Em 1964, estava na Cultura. A versão da Band a princípio manteve o elenco e os diretores da Tupi (Júlio Gouveia e Tatiana Belinky).
Pelo que li, a música que fez parte da versão da Band foi Monteiro Lobato. Ela realmente saiu antes na voz da Meire, em 1968, em compacto. Faz mais sentido ela ter sido incluída quando a série já estava no ar, e depois eles terem produzido esse disco completo.

Agora, bom mesmo é isso aqui:

Todas as músicas são de Theotônio Pavão, o pai de Meire e Albert, em co-autoria com Albert em algumas e com Meire em Não Diga Palavrão. As letras são bem infantis (óbvio, era dirigido para esse público) mas musicalmente é TUDO.

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Meire morreu em 2008, decorrência de um câncer.

Obrigado a Eduardo Viveiros por ter dado a dica (Os 13 Mandamentos é um dos discos da infância dele!).

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July 17, 2020 /Jorge Wakabara
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Vamp não foi a primeira novela com vampiro: conheça Drácula, Uma História de Amor

June 29, 2020 by Jorge Wakabara in TV

BA
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Eu ia falar sobre Vamp, seguindo a minha investigação sobre as novelas teen que Antonio Calmon escreveu (Top Model antes, Olho no Olho depois, formando uma trilogia). Mas aí o Eduardo Viveiros fez questão de descobrir e me mostrar que Vamp não foi a primeira novela sobre vampiros da TV brasileira. Não sei se houve alguma antes dessa, mas Drácula, Uma História de Amor traz o próprio Conde Drácula como protagonista e é uma das últimas novelas da Tupi. Entrou em janeiro de 1980 no ar, e saiu depois de quatro capítulos por causa da crise financeira da emissora.

Mas esse não foi o fim – em julho, dias depois da Tupi fechar as portas definitivamente, a Bandeirantes aproveitava a equipe (mas não o diretor, Walter Avancini, substituído por Antônio Abujamra e Atílio Riccó; Avancini assinou como supervisor) e colocava Um Homem Muito Especial no ar, uma adaptação de Drácula, Uma História de Amor com os primeiros capítulos reescritos.

Outra curiosidade maravilhosa: a sinopse e o roteiro eram de Rubens Ewald Filho! Depois, ele sairia desse barco antes de afundar e seria substituído.

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A história de ambas: Hanna (Isabel Ribeiro) era empregada do Conde Drácula (Rubens de Falco) e fugiu com o filho único dele para que ele não fosse vampiro como o pai. Ela o criou como um filho, Rafael (Carlos Alberto Riccelli)... no Brasil! Como ela trabalhava na Transilvânia e foi parar no Brasil? Mistérios.

Aí Rafael arruma uma namorada por aqui, Mariana (Bruna Lombardi, pelo que entendi ela se chama Cecília na primeira versão). Drácula assume o nome de Vladimir Vonstoff e vai atrás de Rafael. Acontece que ele vê Mariana… e se apaixona, acreditando que ela é a reencarnação de um amor do passado.

Destaque também para dona Marta (Cleyde Yáconis), a avó de Mariana, uma senhora poderosíssima capaz de enfrentar Conde Vlad. Vi só duas ceninhas com ela e já fiquei passado. O poder de Cleyde, né, meu bem?

Curiosidades: o elenco da novela da Band contava com Herson Capri, Claudia Alencar, Giuseppe Oristânio, Esther Góes e Matheus Carrieri (!!!). Matheus tinha 13 aninhos.

Outra coisa que amo: na trilha sonora de Um Homem Muito Especial tinha Doce Vampiro, composição de Rita Lee e Roberto de Carvalho, na interpretação de Ney Matogrosso.

Em Vamp, a cantora Natasha (Claudia Ohana) também canta Doce Vampiro, mas a música não apareceu na trilha sonora nem no disco da Rádio Corsário (que era a rádio que a partir de certo capítulo começava a tocar nos auto-falantes de Armação dos Anjos e também batizou a terceira trilha da novela, fora a nacional e a internacional). Ohana pinta na trilha sonora nacional cantando Sympathy for the Devil e na da Rádio Corsário entoando Que Tudo Vá Para o Inferno. Mas eu tenho vídeo para provaaaar…

Outro ponto em comum entre Um Homem Muito Especial e Vamp é que o personagem de Ney Latorraca na segunda também atende por Conde Vlad, mas com outro sobrenome: Polanski.

E agora uma cena de Um Homem Muito Especial. Já pegou no pescocinho? Já peguei…

Uma coisa instigante é que Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli começaram a faltar – dizem que antes do fim da novela, eles foram para a Globo bem doidos-leves-soltos – e que resolveram então matar os protagonistas num incêndio. Simples assim. A mocinha acabou virando Alcina, a personagem de Cláudia Alencar. Acontece…

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June 29, 2020 /Jorge Wakabara
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