Quem seria do Brat Pack brasileiro?

Primeiro de tudo: você sabe o que é Brat Pack, né?
Inspirado no Rat Pack dos anos 1950, um jornalista batizou um grupo de jovens atores de Hollywood de Brat Pack em um artigo e o apelido pegou. Já fiz uma série de posts sobre o assunto (por motivos de sou meio viciado neles) que você pode conferir nesse link.
Mas resumindo: convencionou-se que o Brat Pack é formado principalmente pelos atores que estão no elenco de dois filmes, o Clube dos Cinco (1985) e O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (1985). Ambos foram lançados no cinema com pouco tempo de diferença e possuem atores em comum.

O nosso cinema tem coisas relativas a esse fenômeno que foram os filmes do John Hughes, sem tanto sucesso: o que mais se aproximou disso foi Antonio Calmon, que já citei por aqui algumas vezes, com seus filmes de surfista Menino do Rio (1982) e Garota Dourada (1984). Só que, perto do alcance da bilheteria e do home video de Hollywood, Calmon fez cócega. Porque na verdade, especialmente na época dos anos 1980 e 1990, quem pode ser comparada à meca do cinema norte-americano no Brasil é só uma coisa: a Rede Globo e suas novelas. E também foi Calmon quem melhor explorou as tramas para um público adolescente nesse meio, com Top Model (1989), Vamp (1991) e Olho no Olho (1993), fora Sex Appeal (1993), uma minissérie, e Shop Shop (1988), um piloto para uma série que foi engavetado mas que gerou o núcleo adolescente de Top Model. E a gente também não pode esquecer a ponte entre esses dois mundos: Armação Ilimitada (1985-88), a série de Guel Arraes da qual Calmon fazia parte do time de autores.

Armação Ilimitada: Juba (Kadu Moliterno), Zelda Scott (Andréa Beltrão), Lula (André de Biase) e, abaixo, Bacana (Jonas Torres). Como Armação aconteceu bem antes, não vou incluir quase nenhum deles no Brat Pack brasileiro por diferença de idade mesmo…

Armação Ilimitada: Juba (Kadu Moliterno), Zelda Scott (Andréa Beltrão), Lula (André de Biase) e, abaixo, Bacana (Jonas Torres). Como Armação aconteceu bem antes, não vou incluir quase nenhum deles no Brat Pack brasileiro por diferença de idade mesmo. Mas veja bem: eu disse QUASE!

O que eu vou usar como critério para essa lista de Brat Pack made in Brazil? Pensei em fazer um cruzamento entre todas essas obras que passaram na Globo (e umas outras coisinhas). Do mesmo jeito que Molly Ringwald, Anthony Michael Hall, Emilio Estevez e outros povoam nosso imaginário pop pela importância que os personagens que interpretaram tiveram na construção das nossas identidades, aconteceu a mesma coisa com atores brasileiros que passaram por essas novelas e séries. E do mesmo jeito que o jornalista David Blum partiu de dois filmes principais (Clube e Primeiros Anos), vou começar de Top Model e Vamp, pelo sucesso mais perene e memória nostálgica, recolhendo mais alguns pontos importantes que podem ter ficado de fora do elenco dessas duas. Vamos?

Jonas Torres

Jonas Torres com Gabriela Duarte em cena de Top Model (1989)

Jonas Torres com Gabriela Duarte em cena de Top Model (1989)

Jonas é um dos elos de tudo. Ele participou de Armação Ilimitada como uma espécie de filho adotivo da moderna família de Juba e Lula, o Bacana, portanto era literalmente a criança bacana que a gente via na TV! Depois, com 15 anos, passou por Top Model fazendo Arthur, que era o galãzinho que conquistava Olivia (Gabriela Duarte) mas também pegava a irmã dela, Jane Fonda (Carol Machado). Em 1991 seria a vez de Vamp: no papel de outro surfista, Daniel, ele faz par com Jade (Luciana Vendramini).

Não é só: Jonas participou do seriado Confissões de Adolescente (olha o vídeo abaixo!) e da 4ª temporada de Malhação como Beto, um mecânico que ajuda o personagem principal Bruno (Rodrigo Faro) a alcançar seu sonho de ser piloto de Fórmula 1. A curiosidade é que o irmão mais novo de Jonas, Caio Junqueira, também participou dessa temporada de Malhação. Ele também já tinha aparecido em Armação Ilimitada e ainda em Confissões de Adolescente, num outro episódio. Muita gente lembra de Caio fazendo o personagem Leleco em Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados (1995).

Caio morreu tragicamente em 2019, depois de um acidente de carro no Aterro do Flamengo. Jonas, por sua vez, deu um tempo em sua carreira nos anos 2000 e voltou em 2014 na novela Império.

Carol Machado

Dorothy (Carol Machado) em Vamp

Dorothy (Carol Machado) em Vamp

Carol Machado também é outro desses superelos, como Jonas. Ela estava ali no começo, em Shop Shop, o piloto que acabou sendo só um especial, entrou em Top Model como Jane Fonda Kundera, e ainda apareceu em Vamp como uma das filhas de Carmem Maura (Joana Fomm). Para quem não se lembra, em Vamp existiam duas grandes famílias de viúvos: a do Capitão Jonas Rocha (Reginaldo Faria) e a de Carmem Maura, sendo que eles acabam juntando os trapinhos e aí, risos, tudo vira uma só (e enorme) família. A personagem Dorothy, de Carol, é a moderninha da turma. E, claro, é por isso que a gente gostava dela.

Durante as gravações, Carol se apaixonou por André Gonçalves, que vivia o Matosinho. Eles foram morar juntos, sendo que os dois só tinham 16 anos! Nesse meio tempo, em 1992, Carol fez parte da primeira montagem da peça de teatro Confissões de Adolescente, que era baseada no livro do mesmo nome assinado por Maria Mariana e com colaborações de Ingrid Guimarães, Patricia Perrone e da própria Carol. As quatro são as atrizes que participam dessa "primeira formação".

Hoje Carol, que é professora de ioga e acrobacia aérea, é assumidamente lésbica.

Jane Fonda (Carol Machado) em Top Model

Jane Fonda (Carol Machado) em Top Model

Rodrigo Penna e Henrique Farias

Coloquei os dois juntos porque pra mim eles são meio inseparáveis. Rodrigo Penna fez parte de Top Model, Vamp, Olho no Olho e Malhação (participação especial na 1ª temporada, de 1995). Henrique Farias esteve exatamente nos mesmos elencos – até na participação especial! Ao mesmo tempo, eles sempre estavam no mesmo rolê: em Top Model eram primos; em Vamp Rodrigo fazia Leon, filho de Carmem Maura, e Henrique fazia Nando, filho do capitão Rocha. Uma curiosidade é que Rodrigo fez o papel de um DJ em Olho no Olho – e ele virou DJ mesmo, era o dono da festa Bailinho no Rio. Henrique, por sua vez, cursou Direito e agora segue carreira de advogado.

Nando e Dorothy em Vamp

Nando e Dorothy em Vamp

Bel Kutner

Scarlett (Bel Kutner), uma das filhas de Carmem Maura em Vamp

Scarlett (Bel Kutner), uma das filhas de Carmem Maura em Vamp

Sim, chegou o DNA: Bel Kutner é a filha de Paulo José com Dina Sfat. Ela participou de Vamp (filha de Carmem Maura, Scarlett achava que ia morrer solteirona, mas aí seu caminho cruza com um vampiro e…), Sex Appeal (mas ela não era uma das concorrentes à vaga de modelo da agência Sex Appeal) e Olho no Olho (fazendo a linha alternativa, da "turma do teatro” kkkkkk). Como as personagens de Bel tinham uma postura mais adulta, acho que o pessoal mais velho que eu que se identificava mais. Para os meus olhos de criança, as tramas nas quais ela estava envolvida eram bem mais próximas das minhas irmãs do que de mim. E isso é concreto de acordo com a idade da atriz: ela nasceu em 1970.

Bel Kutner em Sex Appeal, com Nico Puig

Bel Kutner em Sex Appeal, com Nico Puig

Frederico Mayrink e Pedro Vasconcellos

Sem a mesma química da dupla Rodrigo Penna e Henrique Farias mas ainda assim com caminhos bem parecidos: Frederico e Pedro fizeram participações nas mesmas produções. Estão naquele elenco protozoário de Shop Shop ao lado de Carol Machado, depois pintam em Vamp (Frederico como Pedro, o filho do alcoólatra Max; Pedro como João, um dos filhos do capitão Rocha). Em Malhação, Pedro protagonizou a 3ª temporada como Vudu, jogador de futebol (juro que é esse o nome); Frederico fez uma participação menor na 2ª temporada no papel de Farinha.

Como se não bastasse, os dois hoje são diretores na Globo. Frederico está dirigindo Salve-se Quem Puder, Pedro estava na direção geral de Espelho da Vida (2018).

Irmãos Rocha reunidos em Vamp: Fernanda Rodrigues, Henrique Farias, Luciana Vendramini, Fabio Assunção, José Paulo Jr e Pedro Vasconcellos

Irmãos Rocha reunidos em Vamp: Fernanda Rodrigues, Henrique Farias, Luciana Vendramini, Fabio Assunção, José Paulo Jr e Pedro Vasconcellos

Menções honrosas

A Playboy de Luciana Vendramini

A Playboy de Luciana Vendramini

. Luciana Vendramini participou de Vamp e apareceu na primeira temporada de Malhação. Mas mais do que isso: antes posou pra Playboy e foi paquita da Xuxa. É tipo a nossa Demi Moore pelo grau de sex appeal que despertou nos jovens. kkkkkkkkkkkkk

. Fernanda Rodrigues, também de Vamp, foi o destaque do começo de Malhação. Ficou no elenco por três temporadas. Ela também é um elo importante: provavelmente foi graças ao sucesso dessas novelas do Calmon que a Globo decidiu dedicar uma quarta faixa de sua programação a teledramaturgia, dessa vez voltada inteira e exclusivamente para os jovens.

Malhação, sabemos, está no ar até hoje, mas em um certo momento desistiu da continuidade de uma trama. Agora, a cada ano entra uma história totalmente diferente, sem ligação com a anterior. Existiram alguns cruzamentos, umas aparições especiais de personagens de temporadas anteriores, mas nada que comprometesse a ideia de que cada temporada é uma história fechada.

Tudo isso para dizer que Fernanda é uma atriz que marcou demais a minha geração.

Fernanda Rodrigues em Malhação como Luísa

Fernanda Rodrigues em Malhação como Luísa

. Pensou em bad boy, pensou em Nico Puig: lutador de boxe em Sex Appeal, o malvadão Fred de Olho no Olho (lembra do raio vermelho saindo do olho dele?) e o vilão Raul das primeiras temporadas de Malhação. Como é dos vilões que elas (e eles, por que não?) gostam mais, ele foi parar na…

G Magazine! Tipo uma versão homem de Luciana Vendramini? Bom, ninguém falou sobre a virgindade dele ao posar para as fotos… OPS!

G Magazine! Tipo uma versão homem de Luciana Vendramini? Bom, ninguém falou sobre a virgindade dele ao posar para as fotos… OPS!

Fun fact: já fui parar em uma festa na casa do Nico Puig. Só que ele não estava. Não me pergunte detalhes, minha memória é péssima, só lembro que a gente adorou o chuveiro, tinha um design interessante e parecia ser ótimo. Não, não experimentei, não tomei banho na casa do Nico Puig.

. O elenco de Sex Appeal inteiro dava um novo post. A protagonista Luana Piovani, que chamava Angel (SIM, Verdades Secretas é tipo uma versão melhorada e não-assumida de Sex Appeal), também era ícone das meninas pela quantidade de vezes que apareceu na capa da Capricho. E Carolina Dieckmann, além de Sex Appeal, fez parte de uma das montagens de Confissões de Adolescente no teatro. Fora tudo isso, como esquecer de Açucena de Tropicaliente (1994), né?

A cara das crianças! Luana Piovani, Carol Dieckmann e Camila Pitanga, com Betty Lago atrás

A cara das crianças! Luana Piovani, Carol Dieckmann e Camila Pitanga, com Betty Lago atrás

. Falando em Confissões: Maria Mariana fez participação pequena em Top Model, participou de Confissões (é autora do livro, atriz da peça e uma das protagonistas da série) e, depois, participou do time de escritores de Malhação! Gabriela Duarte também merece ser mencionada: destaque em Top Model, substituiu Maria Mariana no teatro.

Confissões no palco: Patrícia Perrone, Maria Mariana, Carol Machado e Ingrid Guimarães. Confesso, com o perdão do trocadilho, que a Patrícia era a minha preferida, tão carismática. Que fim levou, hein?

Confissões no palco: Patrícia Perrone, Maria Mariana, Carol Machado e Ingrid Guimarães. Confesso, com o perdão do trocadilho, que a Patrícia era a minha preferida, tão carismática. Que fim levou, hein?

Obs.: A falta de representatividade que assolava as produção norte-americanas também era realidade por aqui. É por isso que essa lista também é assim. :/

E é isso. Gostou dessa saraivada de nostalgia? Então talvez você também curta esses outros posts:
. Falar de Confissões nunca é demais
. As mães de cada filho de Gaspar Kundera (Nuno Leal Maia) em Top Model
. A maior it girl que o Brasil já conheceu: Lídia Brondi

André Gonçalves, João Rebello, Bel Kutner, Fernanda Rodrigues, José Paulo Jr e Henrique Farias em Vamp

André Gonçalves, João Rebello, Bel Kutner, Fernanda Rodrigues, José Paulo Jr e Henrique Farias em Vamp

TV Cultura, audiobook e um certo podcast que me lembra esse audiobook além de ser ótimo

Vocês viram que a TV Cultura agora tem um outro canal de YouTube além do que ela já tinha? Chama Eu vi na Cultura e, pelo que entendi, deve subir episódios antigos de coisas que passavam na Cultura. Nostalgia pura.

Aliás, tem exposição da TV Cultura baseada nessa memória afetiva do povo, a Entra que Lá vem História comemorando os 50 anos da emissora. Tá em cartaz no shopping Eldorado em SP até setembro - estou com vontade de ir mas ainda não fui. Você consegue comprar o ingresso online aqui nesse link. E o Catraca Livre fez um vídeo sobre a expô:

Bom, fui seco no novo canal do YouTube esperando uma das minhas séries preferidas do mundo e… flop: o canal só vai ter programa infantil. Tudo bem, adoro o Mundo da Lua (Somos os Big Bad Boys hit eterno) e vou aproveitar assim mesmo, mas bateu uma vontade de rever Confissões de Adolescente.

Quem é xennial não esquece <3

Quem é xennial não esquece <3

A versão em série de TV de Confissões foi ao ar pela primeira vez em 1994 e teve algumas retransmissões, inclusive na Band. Ela era baseada no livro da Maria Mariana (a 3ª na foto, da esquerda pra direita) feito em colaboração com Ingrid Guimarães (sim, ela mesma, que já interpretou dona de sex shop no cinema e tudo e tal), Carol Machado (quem aqui viu Top Model?) e Patricia Perrone (por onde andará Patricia Perrone?!). Maria Mariana é a filha do grande-enorme-fodástico-maravilhoso Domingos de Oliveira.

A novinha que me lê nesse momento pode não saber, mas Domingos é O CARA. Adoro tudo que ele já fez, é uma loucura. Mas o clássico maior de todos os clássicos é o filme Todas as Mulheres do Mundo de 1966, com a Leila Diniz.

Ninguém nunca passará duas vezes pelo mesmo caminho. <3

Domingos morreu recentemente, em março, mas antes disso produziu pencas: escreveu, escreveu, escreveu; dirigiu, dirigiu, dirigiu. Entre as coisas que dirigiu também estão peças de teatro, e entre as peças que dirigiu está Confissões de Adolescente, baseada no livro da sua filha e que virou um baita sucesso.

Mas antes (ou meio ao mesmo tempo?) de virar uma série que se baseou na peça que se baseou no livro, Confissões também virou outra coisa: um audiobook. Sim, nos anos 1990 já existia o audiobook! E que eu me lembre também foi antes de Cid Moreira gravar a Bíblia - mas isso já não sei bem, já que também me parece que esse audiobook da Bíblia de Cid Moreira sempre existiu, provavelmente uns meses depois do concílio em que decidiram "pronto, a Bíblia é isso e o resto é apócrifo".

Uma fita cassete que na época chamava audiolivro e contava com as vozes das autoras dos textos Maria Mariana, Carol Guimarães, Patricia Perrone e Ingrid Guimarães - a primeira montagem da peça, até onde sei, também era com elas

Uma fita cassete que na época chamava audiolivro e contava com as vozes das autoras dos textos Maria Mariana, Carol Guimarães, Patricia Perrone e Ingrid Guimarães - a primeira montagem da peça, até onde sei, também era com elas

Eu tinha o livro. Mas ter a fitinha era outra coisa. A Ingrid Guimarães contando sobre a primeira vez que fumou maconha já é bom por escrito - imagina em áudio? Era uma preciosidade, era uma delícia. Ali estavam acumuladas todas as questões que depois seriam a base da série que foi ao ar na TV Cultura e de Malhação e mais qualquer coisa produzida no Brasil e dirigida a adolescentes: aborto, primeiro beijo, primeira transa, bebida alcoólica, questões mais metafísicas do tipo "como é quando alguém morre"… Quem é versado na fitinha ainda fala alguns bordões dela - com a mesma entonação, claro - até hoje: “Ah, não, menina, mentira! Ah, não, mentira, menina!”

Foi nessa época que eu e meus amigos começamos a gravar fitas com o microfone do aparelho de som da minha casa com histórias - inventadas, às vezes um pouco baseadas em nossas experiências reais. A inspiração vinha dessa fita de Confissões e um pouco também do que as minhas irmãs faziam com as nossas vizinhas na época, gravando versões absurdas e engraçadíssimas de músicas como num programa de rádio fictício. Um salve para a Mariana Missiunas, que era a maior gênia da paródia musical e hoje é uma estrela linda no céu. <3

(De repente esse post virou uma terapia, porque acabei de perceber de onde nasceu minha vontade de contar histórias, que depois isso tudo virou uma parte importante da minha profissão, e eu lacrimejei. Viva a Mariana, viva a Ingrid e viva todo mundo que gravou essas fitas comigo: Henrique, Raphaela, Flavia, um grande e emocionado beijo.)

Voltando: um dia desses estava ouvindo um podcast e me bateu aquela sensação maravilhosa que eu sentia quando ouvia essa fita. Sei que muita gente vai achar que estou viajando, mas existe algo no ótimo texto, no humor inteligente e no carisma de Laurinha Lero que me remetem "às ilhas Cagarras parecendo dois seios disformes" e ao "passo maluco".
Portanto ouçam:

(Laurinha, talvez você nunca leia esse texto mas se ler e não achar esse comentário lisonjeiro, saiba que foi de coração)

Ah, e eu sei: saiu um filme em 2016 atualizando Confissões para os dias de hoje, né? Não vi, apesar do pai ser interpretado pelo ator Cassio Gabus Mendes, o que muito me comove porque ele é o marido de uma das minhas pessoas preferidas da vida.
Solange
ou
Leonora
ou
Lídia Brondi <3 <3

Mas acho que isso é assunto para um outro post… Por enquanto você fica com a trilha sonora de Confissões, que era mara:

ATUALIZAÇÕES 1/10/2019: Fiz um post sobre Lídia Brondi! Vem ver aqui!
Outra coisa: Esse post é um dos que mais dá audiência via buscas de Google. O termo procurado não podia ser outro: Laurinha Lero. Isso posto, então, acho que nada mais justo do que incluir esse episódio do Um Podcast Chamado Wanda com a própria Laurinha Lero, no qual ela esclarece… quase nada sobre sua identidade. Acontece! Segue, espero ter ajudado: