Assisti à série Years and Years e, ué, não é que fiquei otimista?

Todo mundo está falando de Years and Years, né? Então fui assistir.
Já vi gente falando “ai, é tipo uma tentativa da BBC de fazer um Black Mirror" e, nossa, até entendo de onde tiraram isso mas é tão simplista.
Também já vi gente falando “nossa, para que assistir a essa série, só vai desgraçar mais minha cabeça". Bom, alguns (vários) momentos são bem desgracentos, mas pegando a série inteira acho que o saldo não é tão ruim.
Também vi gente falando "porra, melhor série” e calma lá, não é para tanto, é uma série muito bacana mas pqp que mania vocês têm de achar qualquer coisa maravilhosa. Basta uma coisa ser um pouquinho fora da curva e geral já chama de genialidade. Isso me lembra uma época que tudo no jornalismo de moda era "histórico". Bom, eu nem me lembro o que foi chamado de histórico naquela temporada, para você ver como ficou marcado na história… Essa coisa da gente achar tudo maravilhoso é um sinal de 1) como precisamos nos deslumbrar com qualquer coisa hoje em dia para ter ânimo 2) tá foda a qualidade do que pinta por aí, se existissem coisas realmente maravilhosas com mais frequência talvez tivéssemos mais parâmetro.
Também vi gente falando "dêem um prêmio para Emma Thompson” e concordo, dêem um prêmio para Emma Thompson, mas também dêem para Anne Reid, a avó Muriel. Sei que acabei de dizer que a gente acha tudo maravilhoso hoje em dia e que isso é um saco mas… Anne Reid É MARAVILHOSA. O que posso fazer?
E também vi gente falando coisa alguma pois ainda não assistiu. Para esses, digo: assistam.

Vivienne Rook (Emma Thompson): cada um com o Borsalino que merece

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