O dia em que Ivete Sangalo encontrou com Cher na fila A da Chanel em Paris

A temporada de alta-costura está chegando e decidi falar dessa história que muita gente conhece para não deixá-la morrer. POR FAVOR NÃO DEIXEM ESSA HISTÓRIA MORRER!
Ivete Sangalo já contou essa FÁBULA, essa PARÁBOLA, várias vezes, on & off the record, como nessa vez no GNT Fashion da minha ex-chefe Lilian Pacce:

A história vai variando cada vez que Ivete conta. Tem esse outro registro, mais engraçado, que inclui na história a Shakira, não a colombiana, e sim a mulher de Michael Caine - que Ivete confunde com Michael Keaton, é um bololó só kkkkkk

Mas na verdade a minha versão preferida, cuja qual não encontrei registros, diz que Ivete chegou na Cher e falou: "CHER, o Brasil te adoraaaa!” e ela "é memo??” e Ivete "Sim, tanto que existe um estilo musical em sua homenagem: a A-CHER MUSIC!"

Aiai, Ivete, és isentona mas a gente te adora mesmo assim.

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Documentado!

Um belíssimo papagaio de pirata! Tem fila A mais maravilhosa que essa?

TV Cultura, audiobook e um certo podcast que me lembra esse audiobook além de ser ótimo

Vocês viram que a TV Cultura agora tem um outro canal de YouTube além do que ela já tinha? Chama Eu vi na Cultura e, pelo que entendi, deve subir episódios antigos de coisas que passavam na Cultura. Nostalgia pura.

Aliás, tem exposição da TV Cultura baseada nessa memória afetiva do povo, a Entra que Lá vem História comemorando os 50 anos da emissora. Tá em cartaz no shopping Eldorado em SP até setembro - estou com vontade de ir mas ainda não fui. Você consegue comprar o ingresso online aqui nesse link. E o Catraca Livre fez um vídeo sobre a expô:

Bom, fui seco no novo canal do YouTube esperando uma das minhas séries preferidas do mundo e… flop: o canal só vai ter programa infantil. Tudo bem, adoro o Mundo da Lua (Somos os Big Bad Boys hit eterno) e vou aproveitar assim mesmo, mas bateu uma vontade de rever Confissões de Adolescente.

Quem é xennial não esquece <3

Quem é xennial não esquece <3

A versão em série de TV de Confissões foi ao ar pela primeira vez em 1994 e teve algumas retransmissões, inclusive na Band. Ela era baseada no livro da Maria Mariana (a 3ª na foto, da esquerda pra direita) feito em colaboração com Ingrid Guimarães (sim, ela mesma, que já interpretou dona de sex shop no cinema e tudo e tal), Carol Machado (quem aqui viu Top Model?) e Patricia Perrone (por onde andará Patricia Perrone?!). Maria Mariana é a filha do grande-enorme-fodástico-maravilhoso Domingos de Oliveira.

A novinha que me lê nesse momento pode não saber, mas Domingos é O CARA. Adoro tudo que ele já fez, é uma loucura. Mas o clássico maior de todos os clássicos é o filme Todas as Mulheres do Mundo de 1966, com a Leila Diniz.

Ninguém nunca passará duas vezes pelo mesmo caminho. <3

Domingos morreu recentemente, em março, mas antes disso produziu pencas: escreveu, escreveu, escreveu; dirigiu, dirigiu, dirigiu. Entre as coisas que dirigiu também estão peças de teatro, e entre as peças que dirigiu está Confissões de Adolescente, baseada no livro da sua filha e que virou um baita sucesso.

Mas antes (ou meio ao mesmo tempo?) de virar uma série que se baseou na peça que se baseou no livro, Confissões também virou outra coisa: um audiobook. Sim, nos anos 1990 já existia o audiobook! E que eu me lembre também foi antes de Cid Moreira gravar a Bíblia - mas isso já não sei bem, já que também me parece que esse audiobook da Bíblia de Cid Moreira sempre existiu, provavelmente uns meses depois do concílio em que decidiram "pronto, a Bíblia é isso e o resto é apócrifo".

Uma fita cassete que na época chamava audiolivro e contava com as vozes das autoras dos textos Maria Mariana, Carol Guimarães, Patricia Perrone e Ingrid Guimarães - a primeira montagem da peça, até onde sei, também era com elas

Uma fita cassete que na época chamava audiolivro e contava com as vozes das autoras dos textos Maria Mariana, Carol Guimarães, Patricia Perrone e Ingrid Guimarães - a primeira montagem da peça, até onde sei, também era com elas

Eu tinha o livro. Mas ter a fitinha era outra coisa. A Ingrid Guimarães contando sobre a primeira vez que fumou maconha já é bom por escrito - imagina em áudio? Era uma preciosidade, era uma delícia. Ali estavam acumuladas todas as questões que depois seriam a base da série que foi ao ar na TV Cultura e de Malhação e mais qualquer coisa produzida no Brasil e dirigida a adolescentes: aborto, primeiro beijo, primeira transa, bebida alcoólica, questões mais metafísicas do tipo "como é quando alguém morre"… Quem é versado na fitinha ainda fala alguns bordões dela - com a mesma entonação, claro - até hoje: “Ah, não, menina, mentira! Ah, não, mentira, menina!”

Foi nessa época que eu e meus amigos começamos a gravar fitas com o microfone do aparelho de som da minha casa com histórias - inventadas, às vezes um pouco baseadas em nossas experiências reais. A inspiração vinha dessa fita de Confissões e um pouco também do que as minhas irmãs faziam com as nossas vizinhas na época, gravando versões absurdas e engraçadíssimas de músicas como num programa de rádio fictício. Um salve para a Mariana Missiunas, que era a maior gênia da paródia musical e hoje é uma estrela linda no céu. <3

(De repente esse post virou uma terapia, porque acabei de perceber de onde nasceu minha vontade de contar histórias, que depois isso tudo virou uma parte importante da minha profissão, e eu lacrimejei. Viva a Mariana, viva a Ingrid e viva todo mundo que gravou essas fitas comigo: Henrique, Raphaela, Flavia, um grande e emocionado beijo.)

Voltando: um dia desses estava ouvindo um podcast e me bateu aquela sensação maravilhosa que eu sentia quando ouvia essa fita. Sei que muita gente vai achar que estou viajando, mas existe algo no ótimo texto, no humor inteligente e no carisma de Laurinha Lero que me remetem "às ilhas Cagarras parecendo dois seios disformes" e ao "passo maluco".
Portanto ouçam:

(Laurinha, talvez você nunca leia esse texto mas se ler e não achar esse comentário lisonjeiro, saiba que foi de coração)

Ah, e eu sei: saiu um filme em 2016 atualizando Confissões para os dias de hoje, né? Não vi, apesar do pai ser interpretado pelo ator Cassio Gabus Mendes, o que muito me comove porque ele é o marido de uma das minhas pessoas preferidas da vida.
Solange
ou
Leonora
ou
Lídia Brondi <3 <3

Mas acho que isso é assunto para um outro post… Por enquanto você fica com a trilha sonora de Confissões, que era mara:

ATUALIZAÇÕES 1/10/2019: Fiz um post sobre Lídia Brondi! Vem ver aqui!
Outra coisa: Esse post é um dos que mais dá audiência via buscas de Google. O termo procurado não podia ser outro: Laurinha Lero. Isso posto, então, acho que nada mais justo do que incluir esse episódio do Um Podcast Chamado Wanda com a própria Laurinha Lero, no qual ela esclarece… quase nada sobre sua identidade. Acontece! Segue, espero ter ajudado:

Harajuku, a meca do kawaii

Nossa, faz tanto tempo que prometi esse post que nem sei! Acontece!

Hoje vamos falar de um dos bairros mais famosos do MUNDO. Harajuku! Mas antes, para o caro leitor ficar mais contextualizado, recomendo a leitura dos seguintes posts anteriores:

Memória afetiva
O que é kawaii?
A rainha & a embaixadora do kawaii
O lado dark do kawaii

Leu tudinho? Amou? Então vamos começar a contar essa história - grande parte dela saiu do livro Style Deficit Disorder: Harajuku Street Fashion da Tiffany Godoy que eu estou aceitando de presente, viu, pode me dar, agradeço!

Essa imagem saiu desse post do site Tokyo Dandy - coisa fina!

Essa imagem saiu desse post do site Tokyo Dandy - coisa fina!

Um distrito internacional batizado de Washington Heights e inaugurado em 1946 tinha moradias para oficiais norte-americanos no pós-guerra na capital japonesa de Tóquio. Ele ficava na região de Shibuya, mais para o lado de onde hoje fica o Yoyogi Park. A juventude toquiana, ou pelo menos os jovens daquela região, viram e gostaram do estilo cool ocidentalizado de quem morava por ali. Essa foi a sementinha plantada - depois, nas Olimpíadas de 1964, Washington Heights voltou a ser de domínio japonês, as famílias norte-americanas foram embora e ali virou a Vila Olímpica. Atraiu comércio.

Pula para a década de 1970. Estilistas precisavam de um aluguel mais barato para seus estúdios e lojas. E lojas próprias, sim - eles já acreditavam nessa coisa de sentir o sucesso direto da fonte, porque assim conseguiam saber o que os clientes mais gostavam, o que não vendia tanto etc. E sabe um endereço que encaixava nessas necessidades e era entre Shibuya e Shinjuku, bem central?
Resposta: a Takeshita Dori, rua que fica praticamente na frente do Yoyogi Park e que hoje é o “centro turístico” de Harajuku! Um manual popular na época chamado em tradução livre Como ser bem sucedido em fashion business dizia que um dos passos tinha que ser alugar um espaço em Harajuku, simples assim.
Portanto, desde os anos 1970 que Harajuku é considerado um bairro fashion de Tóquio, bem antes do kawaii virar essa indústria que influenciou e influencia a moda.

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A Milk foi uma das primeiras lojas

E se hoje ela é reconhecida pelo estilo mais lolita, ela foi a que vendeu a moderna Comme des Garçons primeiro, lá nos anos 1970! Pah!

Aliás, sabe um cara que apareceu lá em Harajuku nessa época?

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David fucking Bowie

Esse agachado é Kansai Yamamoto, um estilista japonês incrível que fez vários looks para Bowie nessa fase montadíssima do artista

Kansai veio antes de Rei Kawakubo (da Comme), Issey Miyake e Yohji Yamamoto. Não era “japonista” como eles, no sentido que a expressão ficou conhecida em Paris: os desconstruídos cabeçudos que adoram um look preto. Na verdade, seu universo era mais coloridão, e particularmente acho bem mais próximo de Kenzo Takeda, que abriu sua butique Jungle Jap em 1970 em Paris. Kansai desfilaria na mesma Paris em 1975, mas antes, 1972, já tinha apresentado roupas em Londres (um ano depois de inaugurar a marca!).
Em resumo: Kansai Yamamoto é um personagem riquérrimo que merecia um post só para ele, viu? Tudo indica que ele está voltando e tem tudo para ser redescoberto por uma nova geração: participou da coleção da Louis Vuitton de cruise 2018 de Nicolas Ghesquière apresentada em Quioto, fez pop-up recentemente em Harajuku (onde mais?), e organiza um evento anual chamado Nippon Genki Project que pelo que entendi é tipo um desfile-show. O último rolou faz pouquinho, 8/06:

(e pelo que vi não foi em Harajuku e sim em Roppongi)

Bom, o shopping mais legal (até hoje!) de Harajuku, o Laforet, abriu em 1978. É quase sempre lá que abrem pop-ups importantes - já teve da Michiko Koshino e de uma das vezes que fui tinha uma da Undercover de Jun Takahashi, por exemplo. Aliás, tanto Takahashi quanto o Nigo, o fundador da A Bathing Ape (Bape), marca super-super de streetwear, eram sócios. Eles abriram a loja Nowhere em 1993 em Urahara (que quer dizer ura-Harajuku, uma Harajuku escondida).

Olha aí a Nowhere - bem noventista mesmo, né?

Olha aí a Nowhere - bem noventista mesmo, né?

Eu sei, pulei uma década inteira: os anos 1980 marcaram ascensão e queda, o boom econômico e o crash da economia japonesa, a bolha imobiliária de Tóquio. Em 1989, acabava a era Showa (que começou em 1926) e começava a era Heisei. Harajuku se estabeleceu, e na década de 1990 viraria a meca do kawaii, do cyberpunk, das lolitas, do visual kei. Com uma ajudinha da Nowhere!

In many, and perhaps most, instances there is a total disconnect between what something is and what it’s supposed to mean. Punk can be cute. Mico-mini skirts aren’t sexy. Ghoulish makeup isn’t macabre. Hip-hop is a state of mind rather than a reference to a specific cultural experience. The extremes to which average youth use body piecing as personal adornment have nothing to do with tribal beats, sexuality, or counter-culturalism. Here, it is pure fashion.
— Do livro Style Deficit Disorder - Harajuku Street Fashion

Várias são as lojas clássicas de Harajuku.

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Hysteric Glamour

de Nobu Kitamura

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Baby, the Stars Shine Bright

O templo das lolitas de Akinori Isobe

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Cream Soda

uma das pioneiras, de Masayuki Yamazaki

Mas vamos voltar na Nowhere? Acho a história muito interessante. Foi lá que Takahashi começou a vender Undercover, uma das marcas mais legais do Japão, e o Nigo também começou a vender a Bape. Ambos se conheceram no Bunka, a lendária escola de moda japonesa. E na época Jun atendia por Jonio. Nigo & Jonio - uma boa dupla sertaneja, né? Mas eles estavam mais para Charlie Brown Jr, ligados na cultura do skate. E diz que eles deram um novo ânimo para Harajuku, que estava meio caída com o crash.

Nigo &amp; Jonio

Nigo & Jonio

Hoje acho que quem substitui um pouco esse espaço da moda masculina na região, sem o mesmo ineditismo mas com bastante charme, é a Beams.

Pode me dar tudo

Pode me dar tudo

A Beams é no fundo mais antiga que a Nowhere - ela foi inaugurada em Harajuku em 1976 e hoje em dia expandiu, virou uma rede que inclusive abriu pontos fora do Japão. O segredo é a curadoria: tem muita roupa legal. E pronto, fim de papo: você tem vontade de ter cada uma daquelas peças. Está mais para o japonês médio (que normalmente se veste muitíssimo bem) do que para o fashionista montado.

Aliás, bem lembrado: vamos falar de Harajuku hoje? E por que ele virou o sinônimo de kawaii?

Provavelmente quando você chegar em Harajuku vai começar seu passeio pela Takeshita Dori, o que faz sentido mesmo, é a rua mais turística e celebrada.

A entrada da Takeshita Dori

A entrada da Takeshita Dori

Acontece que a Takeshita hoje é turística demais, lotada demais, uma overdose. Tem toda aquela estética do kawaii, com várias lojas cheias de bugigangas, uma Daiso gigantesca para quem curte, crepes maravilhosos e instagramáveis (e meio sem gosto), multidões de curiosos. As lolitas às vezes dão uma pinta mas a verdade é que elas já não existem em tanta quantidade em lugar algum. O melhor jeito de ver como os modernos se vestem em Harajuku atualmente segue sendo a lendária revista FRUiTS - e agora, em vez da gente esperar algum contrabando da publicação como no começo dos 2000, dá para ver no Instagram:

E a meia da Marine Serre com blusa da Prada?
Eu morta vendo, né? Affff! (dispenso a bolsa da Chanel)

A FRUiTS era #lookdodia antes do look do dia, e é look do dia com informação e criatividade. Era a nossa digital influencer quase inacessível, rodava de mão em mão porque era cara e difícil de encontrar. Saudades!

Mas se você for a Harajuku e ficar um pouco decepcionado com a Takeshita, não desista. Recomendo ir no Laforet, que é bem grande e precisa de tempo e disposição, e atravessar a rua depois da Takeshita parecer ter acabado, em direção de Omotesando - que eu me lembre é por ali que fica a Beams e também cafés e lojinhas bacanas.

Toda essa história de Harajuku de lojas e marcas que viraram mitos, ruas que hoje estão no mármore eterno da memória da moda, me lembra outra história… que fica mais ou menos a 11 horas de avião de lá.
Já conto.
E também fico devendo mais uns dois posts relacionados ao kawaii: um especial de mascotes (e finalmente terei que encarar o horripilante Funassyi) e outro de uma banda que quer democratizar o kawaii. Oi? Pois é.
Enquanto isso você fica com esse especial do Google sobre moda streetwear japonesa de 1980 para 2017 e imagens kawaii típicas de Harajuku - porque afinal prometi isso no título!

Saâda Bonaire: o trio que a gente adoraria que tivesse realmente acontecido

Às vezes (mas só às vezes mesmo) o Spotify surpreende a gente positivamente. Na verdade preciso ser justo: o Spotify tem melhorado depois da última mudança de layout deles também em suas sugestões musicais. Nunca entendi de onde o aplicativo tentava me empurrar tanto sertanejo sendo que quase nunca ouço - atenção ao quase. Agora a coisa ficou mais interessante e me deixa bem curioso para clicar nas sugestões deles. Isso é um sinal que o algoritmo foi, er, consertado?

Tudo isso para dizer que um dia desses ele me sugeriu Saâda Bonaire, eu acreditei e… Olha isso aqui:

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Eita!

E o make à Secos & Molhados?!

O projeto Saâda Bonaire quis mexer com a cultura árabe muito antes da Lady Gaga falar em burca no Artpop: em 1982 o DJ Ralph von Richthoven (sim, eu sei, o sobrenome dele parece com o da menina que matou os pais) e as vocalistas Stephanie Lange e Claudia Hossfeld se juntaram para fazer um grupo bem conceito e bem artístico. hihihihihi

É, eles fizeram o que todos nós fizemos em algum momento da primeira década de 2000. hihihihihihihihi

Só que o deles meio que deu certo até certo ponto: a ideia era juntar punk, new wave, dub, disco, reggae e… música árabe. Assinaram com a EMI da Alemanha, produziram o single You Could Be More As You Are, só que aí os executivos encrencaram (devem ter percebido que o conceito estava um pouco demais para os padrões deles) e desistiram de lançá-los. O single saiu mas passou em branco; o trio acabou gravando o resto por conta e finalmente desistiu.

Corta para 2012: o povo do Thieves Like Us redescobriu o single e correu atrás de saber mais sobre o Saâda Bonaire. No ano seguinte, saía o disco com todas as gravações que eles fizeram na época - é esse aí de cima.

Achei essas minas bem das chiques

Achei essas minas bem das chiques

As músicas de destaque para mim são Your Touch, meio dub divertido da fofa pedindo um serviço de quarto "mais completo", e More Women, chicoza para ouvir enquanto se arruma para a balada fazendo pose para o espelho (inclua naquela playlist que também tem Sade). E tem o tal single You Could Be More As You Are, que pode ser entendido como um “acorda, linda, e vai viver" ou um “afff, que bom que não fiquei com você pois és de uma mediocridade nojenta".

Segue um videozinho meio artsy (ah, mas como não seria?) dessas gatas:

John Cho, pode levar meu dinheiro (e em troca me dá o seu cabelo)

Lembra que eu falei da representação asiática na cultura pop nesse post?
Então: além de Akira, um outro anime que vai ganhar versão live action (provavelmente com resultados melhores segundo a minha bola de cristal) é Cowboy Bebop.

Cowboy Bebop consegue ser ainda mais cult que Akira - originalmente uma série animada de TV, foi ao ar em 1997 lá no Japão e é considerado meio que um sci-fi existencialista. Vixe! O personagem principal, Spike Siegel, é um caçador de recompensas do espaço.

Todo estilosão e misturando gêneros (western, noir, cyberpunk, comédia, dá-lhe!), o anime tem como um de seus destaques a trilha sonora: quem compôs foi Yoko Kanno, com um apreço pelo jazz e blues. Chique demais. Dá uma olhadinha nessa playlist feita em homenagem à trilha, que traz algumas composições da própria Kanno, ouve aí que é o maior groovezão:

Chora, Guardiões da Galáxia!
E esse é o Spike Spiegel:

Oh, hi, babe (sim, isso é uma foto autografada por um personagem de anime)

Oh, hi, babe (sim, isso é uma foto autografada por um personagem de anime)

A versão live action da Neflix já está em plena produção, vai ter 10 episódios e ainda não se sabe quando estreia. E sabe quem vai ser Spike Spiegel? Eleeee:

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John Cho

Esse belo bebê sul-coreano

Cho já fez a nova versão de Sulu do Jornada nas Estrelas de J. J. Abrams (uhuuu) e American Pie (afff). Sinceramente não gosto muito do fato dele ser sul-coreano porque cai naquela história de que asiático é tudo igual e o personagem em teoria é japonês (mas bem em teoria, já que o sobrenome é na verdade judeu, certo? E parece que na trama do anime é revelado que ele nasceu em Marte…).

Isso tudo posto, é um alívio que Scarlett Johansson não tenha assumido o papel de Spike Spiegel.

Cho já está com o cabelo do personagem, aliás. Ó:

Ele publicou essa foto faz quase 10 dias com o pai.

E eu gostaria imensamente de copiar esse corte, mas há uma certa calvice que me separa desse estilo. Que pena.

Vocês acham que peruca rola?