Asiático, gay e... country

Ouça o hit: Nathan Ramos-Park, que nasceu de uma mistura de filipino e coreano, fez uma música-paródia chamada Gay Asian Country Love Song!

Já falei bastante aqui sobre o próprio Lil Nas X e sobre a cultura machista e racista do country americano. Enquanto Lil Nas X se apropria do country e o mistura com trap para fazer os seus hits, Nathan, também um artista homossexual, na verdade traz uma música piada, que brinca com estereótipos. Provocadora, a ponto de a gente pensar "que bom que é de fato um coreano-filipino cantando porque se fosse um branco a gente caía matando".

Nathan fala de Brokeback Mountain, usa nomes famosos tanto do country quanto celebridades asiáticas que conseguiram algum sucesso em Hollywood, e traz vários elementos sexuais do tipo “I'll be your monster truck rally ride all night long”. Acho ótimo porque existe uma tendência do ocidente a ver o corpo asiático masculino como assexuado (e o feminino como extremamente sexualizado e servil). Isso quebra essa lógica.

A música de Nathan é a nova Old Town Road? Não, não mesmo. Mas é divertida.

Nathan Ramos-Park, você é mara

Nathan Ramos-Park, você é mara

Grunge de luxo - de verdade

Um cardigã de mais de US$ 300.000. Como assim, né? Quem pagaria? Mesmo que fosse da Gucci?
Mas e se eu te dissesse que ele é um cardigã que já foi de Kurt Cobain?

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Esse aqui

Na cor que alguns fashionistas conhecem como "cinza rato” - kkkkkkkkk

O cardigã vai entrar em leilão nessa sexta-feira, 25/10, pela casa Julien's Auctions, e espera-se que ele alcance esse preço - mas pode até ultrapassá-lo. As pessoas estão chamando-o de cardigã do MTV Unplugged porque é justamente a peça que Cobain usou na gravação do programa do canal.

Mas a verdade é que nos últimos meses de vida (o Unplugged foi gravado em novembro de 1993, Cobain foi encontrado morto em abril de 1994), o vocalista do Nirvana andava com o cardigã para cima e para baixo. O atual dono dele é Garrett Kletjian - que o comprou em outro leilão em 2015. Kletjian alega que sente muita pressão por possuir uma peça tão importante de memorabilia, e por isso quis revendê-la. Eita…
O cardigã não foi lavado depois de Cobain tê-lo usado. That's grunge, baby!

Agora, é certo que essa peça seja cultuada e vendida a esse preço? Não é justamente contra isso que Cobain sempre foi? Courtney Love conta que, quando eles ganharam a mítica coleção de Perry Ellis criada por Marc Jacobs de spring 1993, eles a queimaram toda. Era o mundo do luxo se apropriando de uma estética que, no cerne, simbolizava o contrário disso; o grunge era herdeiro do punk e estava sendo cooptado como ele. Era a roupa de brechó, o sujo, o maldito, o marginalizado… entrando na vitrine da Bloomingdale's.

Jacobs foi despedido da Perry Ellis após o lançamento dessa coleção, que é a mais conhecida e comentada da marca até hoje. Ele seguiu tendo o grunge como um dos nortes de suas criações - está em sua essência até hoje. Recentemente, ele relançou essa coleção pela sua marca homônima em parceria com… a Perry Ellis!

Ele devia comprar esse cardigã.
E talvez queimá-lo. Uma questão de ajuste de contas e respeito à memória.

I need an easy friend

I need an easy friend

Olivia d'Abo: TV não!

Você lembra desse rostinho?

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Ligeiramente familiar, né?
Ela era a irmã hippie de Kevin Arnold em Anos Incríveis.
Sobe o som.

O que talvez você não saiba sobre Olivia d’Abo é que, além de ser a Karen Arnold, essa inglesa também já foi cantora. E já namorou (e ficou noiva de) nada menos que Julian Lennon no começo dos anos 1990, paralelamente ao seu trabalho em Anos Incríveis!

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Olha esse casal!

Olivia & Julian

A música Help Yourself de Lennon lançada em 1991 conta com backing vocal de d’Abo:

E olha que coincidência interessante: a mãe da Olivia, a atriz e modelo Maggie London, aparece no filme Os Reis do Ie-Ie-Iê (1964) dos Beatles, banda do pai de Julian!

Olivia deve grande parte da sua carreira à TV: além de Anos Incríveis, outro papel importante dela foi na série Lei e Ordem: Crimes Premeditados. Só que o seu álbum, o único lançado até hoje, se chama… Not TV.

Essa música lançada em 2008 tem um gosto estranho de rock alternativo do fim dos anos 1990, não tem? Tipo Meredith Brooks. E para mim não tem nada de britpop. O que vocês acham?

Bom, o que fica, pelo menos na minha memória afetiva, é essa personagem maravilhosa.

Dois lugares para comer lamen em SP que não estão na maioria das listas

Sim!
Porque a gente continua o quê? Viciado em lamen, sempre.

Recentemente fui em dois lugares de lamen em SP que ainda não tinha ido e, bem, se eu ainda não tinha ido, talvez você também não tenha.
Vamos a eles!

Tonkotsu Barikote Ramen Maru

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Ave, que tudoooo @tonkotsulovers 🍜 #ramen #lamenlovers

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Para quem gosta de um caldo mais encorpado: como o nome já diz, aqui o caldo é a base de osso de porco, que fica cozinhando por horas e horas. Gostei bastante do cardápio, e o lugar me lembra bastante os ramen-ya do Japão: apenas um balcão, sem frescura, comida de qualidade. O guioza também é gostoso e não deixe de experimentar o mini choux cream de melão que eles revendem da @cake.ya! E tem domburi também: não experimentei mas fiquei com vontade!
O Tonkotsu Barikote já existe faz um tempo mas, my bad, só descobri agora via um Instagram muito especial que recomendo, o @ramen_brazil, que documenta lamens pelo Brasil. Vale o follow!
Tonkotsu Barikote Ramen Maru fica na r. José Maria Lisboa, 118, pertinho da Brigadeiro Luis Antonio.

Tamashii Ramen

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🍜 hoje

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O Tamashii Ramen existe a menos tempo e tem a vantagem, para a minha pessoa, de ficar no CONDADO DE PINHEIROS, ou seja, perto da minha humilde residência.
Mas não é só: o lamen é bem bom mesmo e dá para ver que o pessoal do Tamashii curte estudar, porque tem uma minibiblioteca na entrada com publicações japonesas sobre lamen (tipo aquelas revistas que escolhem os melhores lamens do ano no Japão) e livros do ícone David Chang, claro, reizinho do lamen moderno para os hipsters-lamen-lovers.
O ambiente, aliás, é todo moderninho, mix de otaku com hipster. As entradas também são gostosas, mas o lamen é a grande estrela da festa. Recomendo fortemente.
Tamashii Ramen fica na r. Mourato Coelho, 53, pertinho da rua dos Pinheiros (e do metrô Fradique Coutinho!).

O mais legal desses dois lugares é que eles saem do circuito da Liberdade de lamens. Mas não tem jeito, a gente continua apaixonado pelo Lamen Kazu - segue sendo o meu preferido.
Caiu de paraquedas aqui e quer mais ideias de lugares para comer lamen? Vem comigo:

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Lamen Kazu

O meu preferido, na rua dos restaurantes mais legais da Liberdade, a r. Thomaz Gonzaga, 87. Também tem uma unidade na al. Santos, pertinho da Paulista!

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Aska

Eu não gosto, mas tem tanta gente que ama que não dá para ignorar. Fica na r. Galvão Bueno, 466, e a vantagem é que ele é bem mais barato que os outros! E sim: tem o lamen do Naruto (saiba mais clicando aqui)

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Porque Sim

Quase nunca vou para comer lamen no Porque Sim, mas é uma boa opção quando você está com mais gente e cada um está com vontade de uma coisa. O Porque Sim, que fica na r. Thomaz Gonzaga, 75, também tem outros pratos quentes e sushi. É tudo gostoso! No mesmo estilo, tem o meu querido Samurai, na r. da Glória, 608

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Hirá

Fica na Vila Madalena, na r. Fradique Coutinho, 1240. Gosto muito também: o chef sempre está se atualizando, indo para o Japão toda hora para estudar o lamen. Emprego dos sonhos… <3 E os drinques do Hirá também são bons, viu?

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Ikkousha

Diretamente de Hakata, Japão, para o Brasil: ele é especializado em tonkotsu e recomendo fortemente os apimentados e os com pasta de gergelim preto. Delícia! Fica na r. Thomaz Gonzaga, 45. E experimenta o guioza também, que é uma gostosurinha!

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Hidden by 2nd Floor

Confesso que só fui umas duas vezes porque sempre foi meio fora de mão para mim, mas acho gostoso sim! Agora que trabalho em Moema, nunca lembro dele. Quem sabe agora que estou incluindo-o aqui? Fica na al. dos Nhambiquaras, 921

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Jojo Ramen

A fila continua gigante? Até gosto, mas fico com bode das filas. Estou com vontade de ir no Jojo Lab, o filhote do Jojo Ramen que acabou de abrir, mas também com medo que a fila seja tão grande quanto. O Jojo Ramen fica na r. Dr. Rafael de Barros, 262

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Mugui

Um dos segredos mais ou menos bem guardados da Liberdade: o Mugui é especializado em pratos japonês com macarrão, do lamen ao sobá. Clima (e gosto) de casa da batchan! Fica um predinho da r. da Glória, 111, 1º andar

Não, eu não coloquei todos os lamens de SP aqui.
E é deliberado: tem uns que não gosto mesmo! kkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkk
Sorry not sorry!

Se você chegou até aqui, talvez se interesse em saber que o nosso querido Meu Udon reabriu em outro endereço!

&
#lamenlovers, uni-vos!

Brat Pack parte 1: Quem são eles?

Tenho falado, pouco a pouco, das agruras da fama. Não tenho? Comentei disso no post das idols japonesas (e cito uma, Yukiko Okada, que cometeu suicídio), no da freira que cantava Soeur Sourire (que também cometeu suicídio), e tangencialmente falo de fama e efeitos no post da Angela Ro Ro e outros. Me interesso bastante pelo assunto.
E ao mesmo tempo me interesso bastante pelos filmes adolescentes de Hollywood dos anos 1980. Foi uma reinvenção de um gênero, uma redescoberta de um público, e um estilo de fazer a coisa sem infantilizá-la que basicamente estava nas mãos de um homem só, John Hughes.

Juntando esses dois universos, a gente tem algumas histórias de vida que funcionam quase como parábolas sobre alguns jovens que começaram a carreira juntos e eram amigos (bem, há controvérsias); e que a fama veloz quase que devorou. Para eles o sucesso veio antes de Angelina Jolie, Leonardo di Caprio, Brad Pitt, Scarlett Johansson, Julia Roberts e outros que hoje são considerados grandes estrelas. Mas esse grupo nunca conseguiu se equiparar numa carreira longeva como esses colegas citados.
Está na hora de falar do… Brat Pack.

Alguns, mas não todo o Brat Pack, com John Hughes abaixo (ele é o de óculos)

Alguns, mas não todo o Brat Pack, com John Hughes abaixo (ele é o de óculos)

Então vamos começar pelo apelido: Brat Pack é uma brincadeira com o Rat Pack, o grupo informal de artistas amigos da década de 1950 que incluía Frank Sinatra, Sammy Davis Jr, Dean Martin, Humphrey Bogart… Mas no lugar da palavra "rato", aparece algo como… "pirralho". O termo foi cunhado pela primeira vez por David Blum, jornalista que a princípio faria um artigo para a New York sobre Emilio Estevez, que hoje tem a alcunha de irmão do Charlie Sheen (também, né, Sheen fez e aconteceu…) e antes tinha a alcunha de filho de Martin Sheen mas, acima de tudo, era um dos novos nomes mais promissores de Hollywood. Blum foi encontrá-lo no Hard Rock Cafe (só existia um em 1985, e era em Los Angeles) e começou a observar o comportamento de Emilio e seus amigos Rob Lowe e Judd Nelson. Era um pouco depois do lançamento de O Clube dos Cinco e um pouco antes de O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas. Nascia uma nova ideia para o artigo, que agora incluiria toda a turma, e o apelido em si, que acabou pegando.

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O artigo original

que deu o que falar

O problema é que se o Rat Pack era admirado pelo lado que flertava com o marginal e o sacana, o Brat Pack foi retratado como um bando de meninos mimados. Segundo vários deles, isso se tornou um estigma: todo mundo passou a encará-los como moleques incontroláveis, com os quais você não conseguiria lidar profissionalmente se não tivesse muita paciência. Ao mesmo tempo que fazer parte do Brat Pack garantiria um passaporte de fama, isso virou uma maldição - e depois a gente vai ver que apenas uma integrante, e olhe lá, conseguiu superar o termo e talvez seja a única que não vai ser chamada de ex-Brat Pack para sempre.

Mas quem são os integrantes do Brat Pack? Olha, esses nomes variam de acordo com as fontes. Eu considero que são os atores principais de O Clube dos Cinco e O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas, assim como a maioria das pessoas, sendo que 3 deles estão em ambos os longas. Vou enumerá-los aqui, e depois falo dos "membros honorários", que transitavam ao redor.

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Judd Nelson

O jovem de aspirações políticas de O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas e o bad boy de O Clube dos Cinco. Hoje tem um personagem fixo na série Empire: Fama e Poder

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Emilio Estevez

O jock de Clube dos Cinco e o aspirante a advogado de O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas. Depois disso já fez o papel de Bobby F. Kennedy no filme Bobby (2006), que ele também escreveu e dirigiu. O longa foi premiado no Festival de Veneza!

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A pobre menina rica Claire de O Clube dos Cinco é a maior filhinha de papai do cinema. Molly foi um ícone teen irresistível e onipresente na década de 1980 - e vai ganhar um post só dela, claro!

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Rob Lowe

O galã da turma, e o irresponsável Billy em O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas. Não tenho como provar mas tudo indica que muitos rapazes tiveram o corte mullet achando que iam ficar bonitos que nem ele. E não ficaram. Lowe também vai ganhar um post pois NOSSA, que reviravoltas, viu?

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Anthony Michael Hall

Quem diria que o mascote da turma viraria um ator de filmes e séries de ação? Mas foi isso que aconteceu. Ele era o nerd Brian de O Clube dos Cinco - e era meio que especializado nesse tipo de papel no começo de sua carreira

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Ally Sheedy

Ela também está nos dois filmes, mas sinceramente gosto mais de seu papel em O Clube dos Cinco: a esquisitona Allison é maravilhosa!

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Andrew McCarthy

O escritor Kevin de O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas foi bem prolífico nos anos 1980. Na década de 2000, começou a se aventurar como diretor e a curiosidade é que ele dirigiu vários episódios de Orange is the New Black!

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Demi Moore

Sim. Ela mesma. Demi foi a que se deu melhor no Brat Pack logo depois da febre: em 1990 estrelou o blockbuster Ghost e em 1993 só se falava de Proposta Indecente (você aceitaria?). Só que depois rolou uma flopada gigante e hoje ela não é mais considerada uma superestrela. Ela é a modernete Jules em O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas

Detalhe: essa não é a turma original, do artigo de David Blum lá em 1985. Lembre-se que o artigo saiu antes de O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas estrear. O Clube dos Cinco ainda não tinha um status cult. Blum se baseou em amizades já formadas, focando no trio Lowe-Nelson-Estevez. Sendo assim, outros nomes jovens da época também aparecem lá. E, veja só, nenhuma mulher, reproduzindo a representatividade do Rat Pack original. Pior ainda: sem negros, assim como no Brat Pack que se convencionou depois.
Para Blum, estavam incluídos Tom Cruise, Matt Dillon, Nicholas Cage e Sean Penn, por exemplo. Todos eles viram, em maior ou menor grau, seus status de estrelas crescendo ainda mais pós anos 1980. E curiosamente Blum insere Timothy Hutton na lista, apesar do próprio Brat Pack na época rejeitá-lo porque, mesmo com um Oscar por Gente Como a Gente (1980) e protagonizando o respeitado Toque de Recolher (1981), o encanto acabou em suas escolhas profissionais posteriores, com filmes que fracassaram na bilheteria e não tiveram o retorno artístico esperado.
O que aconteceu é que o termo pegou e geral se apropriou dele. Como o artigo foi feito no calor do momento e baseando-se nas relações pessoais, a turma foi revisada a partir do momento que se convencionou um conceito mais para relações profissionais - jovens que costumavam trabalhar juntos e eventualmente eram amigos. Matthew Broderick e Kevin Bacon, por exemplo, não eram amigos deles, mas eram contemporâneos. Robert Downey Jr só seria considerado no futuro, por ter participado de Mulher Nota 1000 (1985), Abaixo de Zero (1987) e Johnny Bom de Transa (1988) e por ter feito parte do Saturday Night Live ao lado de Anthony Michael Hall no meio dos anos 1980.
E a mãe de Clark Kent, Martha? Diane Lane participou de dois filmes superimportantes ligados ao Brat Pack: Vidas Sem Rumo (1983) e O Selvagem da Motocicleta (1983). Mas sua carreira ficou mais ligada ao diretor de ambos os filmes do que ao grupo: nada menos que Francis Ford Coppola. Ainda faria Cotton Club (1984) e muito tempo depois estrelaria Paris Pode Esperar (2016) de Eleanor Coppola, a mulher de Francis.

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O elenco reunido

de O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas. Reparou que tem uma a mais que não foi citada?

Mare Winningham é outro caso a parte, a única atriz que atuou em papel principal em um dos dois filmes-chave para entender o Brat Pack (O Primeiro Ano) porém não é ligada ao grupo. Vai saber porquê: sua carreira de fato tomou outros caminhos. Já tinha ganhado o Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante pelo telefilme Amber Waves (1980), ganhou outro Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante pela série George Wallace - O Homem Que Vendeu Sua Alma (1997) e concorreu ao Oscar (de, adivinha, Melhor Atriz Coadjuvante) por Georgia (1995).
Ah, e tem uma curiosidade: Winningham é uma das atrizes recorrentes em American Horror Story! Já fez os papéis de Rita Gayheart, a irmã de Pepper (Naomi Grossman) em Freak Show; a mãe de Kyle Spencer (Evan Peters) em Coven; a empregada Hazel Evers em Hotel e a política Sally Keffler em Cult. E quase todos os personagens exceto Rita são assassinados por personagens de Evan Peters!

Bom, a gente já entendeu que os dois filmes mais importantes do Brat Pack são O Clube dos Cinco e O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas. Mas eles são os primeiros? Não necessariamente: Blum aponta o começo de tudo em Toque de Recolher (1981) de Harold Becker e tem quem fale, na verdade, do quarteto Tex: Um Retrato da Juventude (1982), Vidas Sem Rumo (1983), O Selvagem da Motocicleta (1983) e A Força da Inocência (1985) - são 4 filmes que vieram de livros escritos por S. E. Hinton. Mas isso é assunto para um próximo post… Afinal, o "parte 1” no título não está ali à toa! Aguardem!

Timothy Hutton em Toque de Recolher (1981): o primeiro filme do Brat Pack segundo Blum

Timothy Hutton em Toque de Recolher (1981): o primeiro filme do Brat Pack segundo Blum