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Miley Cyrus, cadê o AOR?

December 05, 2020 by Jorge Wakabara in música

A cantora Miley Cyrus vinha numa onda AOR. Sabe o que significa a sigla? É Adult-Oriented Rock (ou album-oriented rock, um conceito primo, rock feito para álbuns e não para singles, para ser ouvido num álbum inteiro). Isso é muito diferente das origens do rock: nos anos 1950 e 1960, o rock era a trilha sonora dos jovens, esse público que foi descoberto pela indústria como um mercado com potencial gigante na época. E era mesmo!

A minha teoria (que na verdade é bem lógica e nada inovadora, certeza que devem existir mil pessoas que pensaram a mesma coisa) é que esse público do rock cresceu, virou adulto e queria continuar escutando rock. Os roqueiros também cresceram e sua música, consequentemente, amadureceu. Normal. Os próprios Beatles, principalmente Paul McCartney e George Harrison, seguiram suas carreiras no AOR. É aquele soft rock Alpha FM: Carole King, Fleetwood Mac, America, Carly Simon, Bread… O tal rock de tio, sabe? Risos!

Muita gente acha bem pau molão – afinal, soft rock. Não tô nem aí: adoro e ouço muito. Aqui no Brasil, acho que um dos maiores exemplos é o Clube da Esquina, mas em maior ou menor grau quase todo mundo da MPB flertou com soft rock. O rock rural é bem AOR.
(E depois viria um cara chamado Ritchie, na minha modesta opinião o ápice tardio disso no país em relação a vendas, mas estou preparando um outro post que vai falar disso e de outras coisinhas, como o AOR japonês – que por lá se chama new music e City Pop. Aguarde!)

Bom, e aí chegamos em Miley.

Miley-Cyrus.jpg

Miley teve uma carreira digna de estudo, é um case. Ex-act da Disney, cresceu sob escrutínio do público e, para a virada, precisava convencer as pessoas que não era mais criança e que podia ser cool ouvir sua música. Algo interessante é que ela já tinha um hit blockbuster no currículo antes da virada: era Party in the USA, que conseguiu furar o bloqueio do pop adolescente e foi ouvida-dançada-curtida por todo mundo. Virou, segundo Kendall Jenner, um clássico. Sério, olha aí:

Miley podia ter tentado convencer lá no começo dos anos 2010 fazendo um álbum cabeça, uma coisa conceitual, mas sem dúvida isso teria dado mais trabalho. Ela foi pelo caminho do impacto com Bangerz e o twerking (sobre o qual foi acusada de apropriação cultural, uma das primeiras vezes que uma discussão do tipo foi parar na grande mídia). Mas com um pezinho no AOR sim: Wrecking Ball era baladão de estádio, digno de Journey.

Wrecking Ball tem nada menos que mais de um bilhão de views no YouTube.

Após o sucesso de Bangerz, veio Miley Cyrus & Her Dead Petz, uma doideira recusada pela gravadora e lançada de maneira mais independente, e Younger Now, um disco bacaninha e bem AOR mas carente de hits (Malibu não é um hit, desculpa aí, rapaziada).

E aí Miley começou a lançar músicas esporádicas por um tempo, que não foram para um álbum de carreira dela. A bela sequência começou com Nothing Breaks Like a Heart, AOR de primeiríssima, colaboração com Mark Ronson que flerta com a disco music e com o country mas que no fundo é uma balada meio inclassificável (é bom chamá-la de AOR porque o estilo inclui essa coisa híbrida, mesmo).

Nothing Breaks não virou o big hit que merecia mas deu para perceber que agradou um público mais velho (e talvez por isso não tenha virado um big hit).

O plano de Miley após isso era lançar uma sequência de 3 EPs: She is Coming, She is Here e She is Everything. Os três formariam o She is Miley Cyrus, seu novo álbum. Mas só o She is Coming saiu. Ele é bem bom, e bem AOR, mas para um EP de apenas 6 faixas podia ser ainda melhor. Enfim, vale ouvir.

Rolaram também umas bobeiras no caminho tipo a música do novo filme de As Panteras e as do episódio de Black Mirror do qual ela participou. Mas quando veio Slide Away (e com isso a gente percebeu que She is Miley Cyrus de fato não ia sair), pensamos: CARACA, ela é o AOR encarnado, o AOR não morreu, ela modernizou o AOR!

O single do que seria revelado seu próximo álbum meio que confirmou esse pensamento. Midnight Sky é prima de Nothing Breaks no clima, um pouco mais adolescente nas suas afirmações um tanto rebeldes e na sua vocação para a pista de dança. Mas ganhou até um mashup oficial com a rainha do AOR, Stevie Nicks!

Aí ela anunciou para os quatro ventos: o álbum vai ser de rock. O álbum vai ser de rock!!!

A gente acreditou, né? Ué, se ela estava falando. Vem aí o álbum mais AOR de Miley. Fazia o maior sentido na nossa cabeça.
E aí saiu… Prisioner. E a gente ficou meio… hã?

Miley's New Album Plastic Hearts is Available Now: https://mileyl.ink/PlasticHeartsGet Miley's new single "Prisoner" feat. Dua Lipa: https://mileyl.ink/Priso...

Não me entendam mal, eu gosto da Dua Lipa. Bastante, até. Mas esse resgate de um clima Bangerz me pareceu algo meio deslocado. Problema é meu, né, que criei expectativas.

E quando saiu o Plastic Hearts, ouvi e fiquei meio… Oi, é a Hannah Montana?
Não fui só eu.

E aí pessoal! Gostaram do Plastic Hearts? Achei que eu ia amar, mas ainda não bateu (exceção: Midnight Sky e Night Crawling). Por outro lado achei uma coisa meio rock do primeiro disco da Demi (que amo), mas esperava algo mais maduro (será essa a palavra)? Enfim, qq 6 acharam?

— Smile Lynn Phoenix (@FeBSoares) December 1, 2020

Tenho certeza que muita gente que era fã de Hannah Montana e cresceu com Miley Cyrus, acompanhando a carreira dela, deve ter curtido esse plot twist. Ou nem considerou isso um plot twist.
As músicas são um pop rock divertidinho e bem descartável. Definitivamente nada AOR. Até os feats confirmam: a postura adolescente de Billy Idol. Joan Jett, ex-The Runaways – tem coisa mais adolê que The Runaways ou que Bad Reputation?

Nunca fui fã de Hannah Montana. Mais uma vez: problema meu, né? WTF do I know…
Mas agora me conta: vocês gostaram do Plastic Hearts ou é meme?

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December 05, 2020 /Jorge Wakabara
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música

Pra você é Dr. Dalto

November 07, 2020 by Jorge Wakabara in música

Minha cara, pra que tantos planos?
Dalto, pra quem não sabe, é médico anestesista mas deixou de praticar a profissão quando resolver seguir a carreira de cantor e músico. Ele é filho de compositor – seu pai, o poeta Dalton Medeiros, fez Canção do Nosso Amor com Silveira, que foi gravada por bastante gente.

Mas Dalto foi por outro lugar. Nos primórdios, ele fazia parte da banda Os Lobos. Por si só, já acho a banda em si muito legal. Fanny, uma das primeiras músicas lançadas por eles (do primeiro compacto, de 1968), já é de Dalto e Cláudio Rabello, a dupla que seguiria trabalhando junta, um clássico apagado da história do pop brasileiro.

Mas o que quero mesmo é saber do lado hit maker de Dalto (quase sempre com Rabello). Então vou mostrar aqui algumas músicas que ele fez: uma na inconfundível versão dele e outras com outros intérpretes. Vem!

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Flash-back, de 1971, com Cláudio Rabello e Ralph Guedes

A primeira versão saiu num compacto simples com o próprio, a primeira investida numa carreira solo de Dalto. Até vendeu bem, 50 mil cópias, mas ele não quis largar a faculdade de medicina que ainda cursava. Essa versão do Neguinho da Beija-Flor é irresistível, um pop quase pagode de 1995. Mas também tem a do Ira! do disco de covers da banda de 1999, Isso É Amor.

Morena, de 1973, com Cláudio Rabello

A primeira música desse disco de estreia da Simone, veja só, era de Dalto com Rabello! Mas ainda acho que ela tem um resquício muito forte de bossa nova e MPB, longíssimo do pop deles que consagraria hits. Sei que Carmen Costa regravou em 1980 mas não consegui achar a regravação pra linkar aqui. Nesse mesmo disco da Simone ainda tem Charada, uma das raras músicas de composição solo de Dalto, e Caminho do Sol, de Dalto e Mário Jorge.

Correção: Essas músicas não são do Dalto e sim de Daltony Nóbrega. Ele assinava, na época, domo Daltom ou Daltô. Por erro de digitação, saiu Dalto.
De qualquer forma, Simone já gravou Dalto: Muito Estranho nos anos 2000 e Leão Ferido em 1995.

Bem-Te-Vi, de 1981, com Cláudio Rabello

Quem lançou primeiro foi Renato Terra, no segundo álbum dele, o homônimo Renato Terra. Terra também é compositor e Bem-Te-Vi era a única do disco que não tinha dedo dele. Virou um sucesso: Chitãozinho & Xororó regravaram em 2014 em versão banquinho e violão numa dessas coletâneas; Leandro & Leonardo regravaram antes, em 1987; e também teve a versão de Yahoo em 1996. Acho um clima tão… Beto Guedes. Não?

Leão Ferido, de 1981, com Biafra

Queria que a Bethânia tivesse regravado, mas ainda não rolou – alô, Bethânia, grave essa música!
Foi lançada no terceiro álbum do Biafra, Despertar, de 1981. Essa música é TUDO, tanto que já foi regravada por Simone em 1995, versão chiquezona do álbum Simone Bittencourt de Oliveira – tá vendo, Bethânia, tô falando que é pra gravar, cara!
Biafra já tinha colocado a voz dele numa música de Dalto: Cigana, composição com Mentor, e Coração Vadio, parceria com o próprio Biafra. Ambas foram lançadas em 1980 no álbum homônimo Biafra. “Ciganaaa, me enganaaa"!

Vinho Antigo, de 1981, com Biafra

Outra da parceria entre Dalto e Biafra que saiu no disco Despertar de 1981, depois foi regravada por Célia nesse álbum de 2010 dela, O Lado Oculto das Canções. Já falei da Célia aqui no blog, eu adoro.
E sabe quem também já gravou, em 1982? Altemar Dutra, no disco Estranho Amor. <3
É bem abolerada, bem seresta de puteiro, ou seja: MARAVILHOSA.

Relax, de 1982, com Cláudio Rabello

É uma graça, e que eu saiba ninguém regravou, só existe a versão original de Dalto lançada no disco de 1982, Muito Estranho. Tem um coro bem popzinho, bem a cara do Dalto. Deixa a canção nascer bem antes do sol!

Muito Estranho (Cuida Bem de Mim), de 1982, com Cláudio Rabello

São tantas as versões que fiquei muito na dúvida sobre qual incluir aqui. Lançado originalmente em 1982 por Dalto, o superhit talvez seja a sua música mais famosa. Essa gravação da Martinha saiu em 1986. Também teve KLB em 2000; Roberta Miranda em 1994; Ângela Maria em 2011; Fábio Jr também em 2011; Simone em 2001; Nando Reis no disco Bailão do Ruivão (Ao Vivo) de 2001. Eita! Puro creme pop. Zuza Homem de Mello já disse que ela foi a música brasileira que passou mais tempo nas paradas. Não duvido – óbvio, não duvidaria do Zuza, né?! Um dos maiores jornalistas de música que o nosso país já teve, tá doido?
A minha versão preferida é a do próprio Dalto, com a da Simone logo depois e a do Fábio Jr (pois é!) em terceiro!

Brilho Novo, de 1982, com Cláudio Rabello, Robson Jorge, Lincoln Olivetti e Ronaldo

Escondida num álbum do grande Dudu França e com uma cara de Alpha FM maravilhosa (o arranjo é de um dos compositores, o mestre Lincoln Olivetti), essa música tem um refrão chicletão. É engraçado que nem Dalto regravou, só existe essa versão do França em registro fonográfico. Esse disco tem outras músicas de Dalto e Rabello, como Pernas pro Ar. Infelizmente não encontrei link pra mostrar!

Pessoa, de 1983, com Cláudio Rabello

Talvez seja a segunda música mais conhecida do Dalto hoje, justamente por causa dessa regravação de Marina Lima para o disco O Chamado de 1993. Marina encarnou a intérprete, pegou a canção e a fez eternamente sua – tanto que muita gente acha que é composição dela, mesmo! Dalto a lançou no seu segundo álbum, Pessoa, de 1983. E depois de Marina, nunca ninguém ousou regravar!

Espelhos d’Água, de 1983, com Cláudio Rabello

Essa versão da Patrícia Marx de 1994, do álbum Ficar Com Você, é POP NA VEIA, MERMÃO. Não tem como. É perfeita. Lançada primeiro pelo Dalto no disco Pessoa de 1983, é hit irresistível de karaokê e… de outros cantores, como Preta Gil em 2003, Beto Guedes em 1998 e… Frank Aguiar em 2007. Por que não, né?
Marx gravaria outra de Dalto em 1996, no álbum Quero Mais. É a música que dá título ao disco, composição dele com Nelson Motta.

Anjo, de 1983, com Cláudio Rabello e Renato Correa

Chega perto e diz…
Eu sei, se você tem uns 45 anos pra mais, você completou a frase automaticamente com ANJOOOO.
Sucesso da trilha sonora da novela Guerra dos Sexos na interpretação do Roupa Nova, teve versão da Deborah Blando no remake de Guerra dos Sexos de 2012 e também… a de Robinson Monteiro, que tinha o apelido de Anjo no programa Raul Gil. Sim, te lembrei disso. A dele é de 2001. De nada!

Veneno, de 1983, com Cláudio Rabello… versão em espanhol & inglês de Gretchen!

Sim. Tá passada?
Eu tô!
E o pior: agora que você sabe que é do Dalto e do Rabello, você vai ouvir e vai pensar… Não é que é, mesmo?

Onde é que a Gente Vai?, de 1984, com Cláudio Rabello

Música de novela e gravada apenas por Dalto no disco homônimo Dalto, de 1984 – fica a dica pros intérpretes kkkkk É meio safadinha, bonitinha, juro que acho que tem potencial de regravação.

Calor Humano, de 1986, com Ronaldo Bastos e Beto Guedes

Participação especial de Dalto no disco de Beto Guedes de 1986, Alma de Borracha, a música foi composta por Guedes, Dalto e Ronaldo Bastos. Dalto, que é de Niterói mas que eu sempre achei muito mineiro em sua musicalidade, faz aqui a ponte concreta pra Minas. Podia ter mais!

Maçãs de Vitrine, de 1986, com Cláudio Rabello

Você quer versatilidade? Toma. Cida Moreira cantando essa composição de Dalto e Cláudio Rabello com uma interpretação toda própria, tanto que nem parece algo da dupla! Pop oitentista, but make it cabaré bretchiano.

Extravios, de 1989, com Antonio Cícero

Sim, existe essa coisa chiquíssima: uma parceria de Dalto com o poeta Antonio Cícero, interpretada pela irmã de Cícero, Marina Lima.
Coro, sax e tudo. Saiu no Próxima Parada de 1989 e depois ainda teve versão de Léo Jaime no disco bem legal dele de 1995, Todo Amor. A versão do Léo Jaime é com violãozinho, ainda mais bonita que a da Marina, menos oitentista.
Marina ainda viraria parceira de Dalto e Rabello com Notícias, lançada por ela em 2001.

Não me Deixe Mal, de 1989, com Cláudio Rabello

É bem linda essa música, não sei porque não é mais conhecida. E eu amo o título desse álbum da Zizi Possi: Estrebucha Baby! É o título da primeira faixa do lado A, dos irmãos Garfunkel. Tudo, tipo prima da Não Vale a Pena gravada por Maria Rita.

De Volta pro Interior, de 2000, com Cláudio Rabello

Sim, José Augusto.
Sim, a música dá nome para o álbum que ele lançou em 2000, com músicas sertanejas tipo Beijinho Doce e No Rancho Fundo.
Sim, é a única gravação dessa música. E juro que acho boa!

Fecha a Porta, 2001, com Cláudio Rabello

Adoro – do mesmo disco que tem Mais Um Na Multidão, o hit de Erasmo Carlos com Marisa Monte. Essa do Erasmo é a primeira versão da música, romântica como quase tudo de Dalto. Depois teve uma versão da Gil Melândia (lembra??) de 2005, boa também, uma levada… samba-canção-reggae? No mesmo disco de 2005, Gil também gravaria Notícias, aquela que a gente já comentou, de Dalto, Rabello e Marina! Bem linda.

Um Tempo de Paixão, de 2001, com Cláudio Rabello

A musicalidade, a letra: tudo que marca a dupla Dalto e Rabello taí. Por que não fez sucesso? Não faço a menor ideia. Em 2001 isso já estava meio datado? Sei que é bom demais, ainda mais cantada por Daniela Mercury. Tudo!

Lição de Amor, de 2016, com Fernando Brant

Essa é toda especial: é a última composição com letra de Fernando Brant antes dele morrer, em 2015, segundo o próprio Dalto. E ganhou registro lindo na voz de Evinha, que digo e repito: é uma das maiores vozes vivas da nossa música. Melhor: só com o piano do marido dela, Gérard Gambus. Ficou ainda mais delicada sem os eventuais sintetizadores e saxofones que estamos acostumados a ouvir nas composições de Dalto. Linda, linda.

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November 07, 2020 /Jorge Wakabara
Dalto, Dalton Medeiros, Silveira, Sergio Mendes, Os Lobos, Cláudio Rabello, Ralph Guedes, Neguinho da Beija-Flor, pagode, pop, Ira!, Simone, bossa nova, MPB, Carmen Costa, Mário Jorge, Renato Terra, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Yahoo, Biafra, Mentor, Célia, Altemar Dutra, bolero, Martinha, KLB, Roberta Miranda, Ângela Maria, Fábio Jr, Nando Reis, Zuza Homem de Mello, Dudu França, Alpha FM, Lincoln Olivetti, Marina Lima, Patrícia Marx, Preta Gil, Beto Guedes, Frank Aguiar, Nelson Motta, Renato Correa, novela, Roupa Nova, Deborah Blando, Robinson Monteiro, Raul Gil, Gretchen, Ronaldo Bastos, Minas Gerais, Niterói, Astronauta, disco voador, cometa Halley, Cida Moreira, Antonio Cícero, sax, Léo Jaime, anos 1980, Zizi Possi, Jean Garfunkel, Paulo Garfunkel, José Augusto, Gil Melândia, Daniela Mercury, Fernando Brant, Evinha, Gérard Gambus
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