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Ruas vazias na ficção – e uma peça de teatro via Zoom

June 22, 2020 by Jorge Wakabara in TV, livro, teatro

Uma coisa que sempre me fascinou são narrativas sobre cidades fantasma. Ou porque o tempo passou demais e ela foi abandonada. Ou porque a maior parte das pessoas desapareceu ou morreu devido a doença ou arrebatamento. Não importa: acho a imagem da cidade vazia impactante. Ruínas contemporâneas.

Tem um programa no History, acho, que não me lembro o nome mas que mostra o que aconteceria se a humanidade desaparecesse da face da Terra. Toda vez que reprisam eu tô lá, assistindo hipnotizado. Arranhas céus desabando depois de séculos de corrosão. Reatores nucleares explodindo por falta de resfriamento e espalhando radiação.

Acho que esse é um dos motivos pelos quais me atraía a ideia de ir para Chernobil (e consequentemente Pripyat, que é a cidade fantasma perto de Chernobil, abandonada após o acidente).

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Em #Pripyat tudo está desmoronando - esses são locais que crianças frequentavam. Crianças e adolescentes que ficaram expostos à radiação por muito mais tempo que o necessário porque o governo socialista demorou pra espalhar a notícia da explosão do reator pra não criar pânico. #chernobyl #chernobil #mckievinho

A post shared by Jorge Wakabara (@wakabara) on Jan 4, 2019 at 12:11pm PST

Para quem ainda não sabe: sim, eu fui para Chernobil. Conto mais nesse post aqui.

Um dos livros da minha infância (já que estamos nessa fase, eu falei aqui sobre O Gênio do Crime, né?) é Blecaute de Marcelo Rubens Paiva.

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Nossa, é muito bom! Como eu queria esquecê-lo para ler de novo!
Aliás, vontade de reler todos os livros do Marcelo Rubens Paiva. São ótimos.

Blecaute fala sobre três jovens amigos que viajam para cavernas do Vale do Ribeira e, por causa de uma tempestade, ficam presos por lá uns dias. Quando saem e voltam para São Paulo, surpresa: eles são os únicos sobreviventes. Algo aconteceu e ninguém mais está vivo.
Esse é um dos livros mais adorados do Marcelo Rubens Paiva. Amo esse post, no qual um cara analisa as capas das edições de Blecaute. A minha preferida, assim como a dele, é a da Brasiliense.
(E por que ainda não existe nenhuma adaptação de Blecaute para o cinema ou para série de TV? Não sei. Tão marcando, para variar. E dessa vez não tem mesmo, pesquisei antes de dizer. Kkkkkkkk!)

Muitas outras ficções trazem ruas desertas. De cara me lembro de Noite Adentro, série recente da Netflix que me marcou demais – tanto que já falei dela algumas vezes. Tem também:

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A Dança da Morte

Livro do Stephen King que já foi adaptado para a TV em uma minissérie de quatro capítulos, em 1994 – falei sobre isso na minha última newsletter (por que você ainda não assina a minha newsletter?).

O livro mostra os acontecimentos após uma mutação do vírus influenza desenvolvida como arma biológica, bem letal, vazar de uma instalação militar norte-americana e atingir todo o país (provavelmente o mundo, mas a gente não fica sabendo). Existem poucos sobreviventes, e eles começam a se reunir. A ideia de King era fazer um épico do tipo Senhor dos Anéis com tintas contemporâneas e também refletir sobre os valores da civilização norte-americana. É considerado uma das melhores criações de King.

Stu Redman (Gary Sinise), Frannie Goldsmith (Molly Ringwald) e Harold Lauder (Corin Nemec)

Stu Redman (Gary Sinise), Frannie Goldsmith (Molly Ringwald) e Harold Lauder (Corin Nemec)

Uma coisa que acho muito curiosa dessa adaptação é que ela traz integrantes do Brat Pack pós-anos 1980. Rob Lowe é o surdo-mudo Nick Andros, já pós-escândalo da sex tape com uma garota menor de idade. E Molly Ringwald é Frannie Goldsmith. Adam Storke, galãzinho pós-Brat Pack, é o músico Larry Underwood (ele é o Charlie em Três Mulheres, Três Amores ou, em inglês, Mystic Pizza, o filme de 1988 que marcou o começo da carreira de Julia Roberts). E ainda tem Corin Nemec como Harold Lauder – ele era Parker Lewis na série Parker Lewis Can't Lose, que é basicamente uma adaptação para a TV de Curtindo a Vida Adoidado sem pagar direitos autorais.

A belíssima surpresa é que Dança da Morte (em inglês The Stand) vai ganhar uma nova adaptação em série de TV logo menos. Ela já está gravada mas parece que eles estão segurando a estreia em respeito às vítimas de COVID-19, já que comparações serão inevitáveis. Mas é isso: comparações serão inevitáveis quando estrear. King está bem envolvido – tanto que desenvolveu um novo final para a história. E a produção, da CBS, conta com um grande elenco que inclui James Marsden (Westworld, X-Men) como Stu Redman, Amber Heard (Aquaman, Zombieland) como Nadine Cross, Whoopi Goldberg (ai, me poupe, não precisa de refs) como Mãe Abigail e Alexander Skarsgard (True Blood, A Lenda do Tarzan) como Randall Flagg.

Dança da Morte versão 2.0: Larry Underwood (Jovan Adepo) e Rita Blakemoor (Heather Graham)

Dança da Morte versão 2.0: Larry Underwood (Jovan Adepo) e Rita Blakemoor (Heather Graham)

The Leftovers

Ave, como eu amo. A série de Damon Lindelof (Lost, Watchmen) é ma-ra-vi-lho-sa. Ela é baseada num livro de Tom Perrotta e parte da premissa que 2% de toda a população desapareceu – DO NADA! Foi um arrebatamento bíblico perto do fim do mundo? Foi uma transferência para uma realidade paralela? Existem teorias (it's complicated), porém o foco é na reação de quem ficou, muito mais do que em quem sumiu. Religião e fé, a fronteira entre sanidade e loucura, confiança e traição. Tudo isso permeia as três temporadas e de perto ninguém é normal. E como nada é coincidência (ou melhor, você decide o que é coincidência e o que não é): Lindelof ficou sabendo sobre o livro de Perrotta numa resenha para o New York Times assinada por… Stephen King.

Nora Durst (Carrie Coon) e Kevin Garvey (Justin Theroux) em The Leftovers

Nora Durst (Carrie Coon) e Kevin Garvey (Justin Theroux) em The Leftovers

Agora você já está pensando que o título desse post foi um clickbait, né? Não. Chegou a hora de falar de…

A Arte de Encarar o Medo

Para começo de conversa, já digo logo: trabalhei com teatro mas morro de preconceito. E não é algo sem fundamento: tem muita peça ruim por aí. É caro, é difícil. Outras formas de arte, como o cinema, são mais práticas. Você consegue ver o trailer. Você tem a referência dos atores. Tem horários mais diversos. Você vai até um complexo de salas e escolhe qual te dá vontade de ver na hora. A impressão é a de que a garantia de aproveitamento é maior.

Isso posto, às vezes, bem de vez em quando, consigo contornar o histrionismo de alguns atores, a fragilidade de muitos textos e certas montagens de gosto duvidoso e… até gosto de teatro.

Mas A Arte de Encarar o Medo me interessou por outra coisa: a iniciativa d’Os Satyros é experimental, uma alternativa para o teatro nos "novos tempos”. Existem coisas que não temos nela: a presença corpórea dos atores, por exemplo. A energia de uma sala com plateia e atores ali na sua frente, te mostrando uma história. Só que a montagem ganha outros elementos quando realizada na plataforma Zoom. E mais importante: ela foi concebida para uma plataforma como o Zoom. Usa recursos que não existem em uma sala de teatro, ou pelo menos que precisariam ser bem adaptados para chegarem no mesmo fim.

Logo de cara, você tem a possibilidade de contar com um elenco grande sem muita dificuldade. Basta que o ator tenha conexão com internet e câmera (de celular, de laptop, webcam, o que for), e que se familiarize com a tecnologia. Em A Arte de Encarar o Medo, existe uma atriz sueca (Ulrika Malmgren) que participa direto de Estocolmo. O ator Cesar Siqueira, por sua vez, não chegou a conhecer o resto do elenco pessoalmente!
O fator do “ao vivo” segue como a principal tônica. Você sabe que todas aquelas pessoas estão atuando e trabalhando naquele momento, com hora marcada, só que a noção de espaço é ampliada. Cada um está em um lugar. Existem momentos em que eles sobem escadas, batem em portas, saem de um cômodo para entrar no outro. Numa hora eles também usam o recurso de mudar o fundo da transmissão. Duas pessoas podem contracenar uma com a outra mesmo com uma distância de muitos mil quilômetros. Por aí vai.

Falando nem parece, mas o fato da peça trazer vários atores manipulando tecnologia para te contar uma história respeitando o distanciamento social traz uma emoção que pode ser diferente da do teatro tradicional, mas não deixa de ser crepitante. Também surge uma amplificação da intensidade dessa arte dramática. Fiquei me perguntando se algo da minha impressão mudaria se eu estivesse assistindo a algo previamente gravado e não apresentado ao vivo. E acho que sim. Existe um sabor no fato de eu fazer parte do grupo de pessoas que entrou naquele momento naquela sala virtual e assistiu ao que foi apresentado. Ninguém mais vai ver aquilo (a menos que a produção tenha gravado, para fins de documentação). É diferente das lives que ficam guardadas e podem ser acessadas posteriormente.
Esse "novo teatro” (que tem gente que não gosta de chamar de teatro, pois teatro seria outra coisa) se aproxima do Snapchat e dos stories de Instagram na sua efemeridade, e é efêmero de maneira ainda mais drástica!

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Com tantas questões a respeito da forma em si, você pode achar que não me ative tanto ao conteúdo. Está errado: a peça foi criada já durante a pandemia e é muito sensível em relação a ela. São 50 minutos de uma história que, sem ser linear com começo, meio e fim (adoro narrativas assim), apresenta um cenário em 2035 onde a humanidade não conseguiu vencer a doença e segue isolada, morando em cidades vazias, cada um trancado em sua casa. Esse futuro distópico que já não conta com emissora de TV e rádio estranhamente continua possuindo energia elétrica e internet, ninguém sabe como. E aí pessoas enlouquecem, criam novos códigos sociais, relembram o passado e, principalmente, sentem medo.

Tem uma entrevista com os próprios dramaturgos, Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez (Rodolfo também é o diretor), no site d’Os Satyros. Recomendo a leitura.

E também recomendo a peça em si! São sessões de sexta, sábado e domingo. Não sei exatamente até quando a montagem vai estar em cartaz, então é bom garantir o ingresso para o próximo fim de semana. Ele custa R$ 20 mas quem quiser pode doar mais e quem não puder (porque está em dificuldades financeiras decorrentes da pandemia) consegue assistir de graça. Para ter um ingresso, acesse o site da Sympla.

Mesmo que você não se interesse pelo tema, acho interessante que as pessoas conheçam essas novas práticas. É um mundo de possibilidades que se abre. Dependendo da ideia e do desenvolvimento, assistiria a outras coisas nesse formato mesmo pós-pandemia.

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June 22, 2020 /Jorge Wakabara
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É uma questão de energia

June 05, 2020 by Jorge Wakabara in música, cinema

A energia elétrica ganhou várias simbologias ao longo da pequena história da humanidade. Para quem não sabe, a palavra eletricidade vem do latim electrum, que por sua vez quer dizer “amante do âmbar”. Isso porque na Antiguidade fazia-se experimentos sobre essa energia esfregando âmbar contra a pele!

É por isso que a música de Adriana Calcanhotto que Maria Bethânia gravou, Âmbar, tem uma letra que remete à energia elétrica, ao aceso, ligado, plugado.

Isso é só um exemplo. A gente fala "fiquei aceso a noite inteira"; as bebidas estimulantes são chamadas energéticos e invariavelmente trazem raios e eletricidade nas suas campanhas publicitárias e embalagens; quando alguém fica muito agitado dizemos que "tá ligado no 220".

Uma das minhas obras de ficção favoritas de cyberpunk também é toda centrada nisso. Electric Dragon 80.000 V (2001) é um média metragem dirigido por Sogo Ishii.

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O filme é P&B apesar de ter sido produzido no começo desse milênio e tem um toque tokusatsu: o personagem principal, Morrison, interpretado pelo gato Tadanobu Asano, tem poderes. E existe um outro cara, que funciona como um vilão (mas no fundo acho que não tem vilão e mocinho aqui): o Thunderbolt Buda (Masatoshi Nagase) tem um visual super babadeiro, com metade do rosto em metal. A sua motivação para brigar com Morrison? “Eu queria ver você irritado". Atrevidíssimo!

Morrison foi atingido por altas voltagens de energia desde pequeno. Isso faz com que ele consiga controlar a eletricidade (ou, dependendo do ponto de vista, descontrolar). A trama é cheia de imagens simbólicas como dragões e, creio eu, traz uma homenagem ao The Lizard King – ele mesmo, Jim Morrison.
Para quem não sabe: Lizard King foi uma das corruptelas que o próprio Jim Morrison se deu. O alter ego apareceu pela primeira vez na capa do álbum do The Doors Waiting for the Sun de 1968, num conjunto de poesias que foi impressa mas não foi lançada nesse álbum: Celebration of the Lizard. A ideia era incluir a performance de Celebration of the Lizard, que tinha uma pegada spoken word, no lado B de Waiting for the Sun, mas essa performance, captada ao vivo, acabou vindo a público apenas no álbum Absolutely Live, de 1970. Entre as coisas que o roqueiro diz, está: I am the Lizard King, I can do anything. É uma pegada bem "faça o que tu queres porque tudo é da lei", né?

Em um passado muito distante eu fui muito fã do Doors… HAHAHAHA É seríssimo!!!

Em um passado muito distante eu fui muito fã do Doors… HAHAHAHA É seríssimo!!!

O Morrison do filme cria lagartos. E extravasa a energia elétrica acumulada na sua guitarra.
A visão da guitarra elétrica como o estrangeiro, que esteve presente no Brasil com a infame Marcha contra a Guitarra Elétrica de 1967 liderada por Elis Regina (depois ela gravaria várias músicas que contam com o instrumento), também fez parte do cenário musical no Japão mais ou menos na mesma época. Os GS, ou Group Sounds, era um fenômeno pop nipônico que bombou entre o meio e o fim dos anos 1960. Essas bandas de rapazes, totalmente influenciadas pelo show dos Beatles na mítica arena Budokan em 1966, cantavam muito em inglês e a música era considerada pouco autêntica: primeiro porque era o rock dos norte-americanos que ocuparam e dominaram militarmente o Japão da Segunda Guerra, e segundo porque eram grupos "superproduzidos" apontados como vendidos e não como "verdadeiros artistas". Muita versão de música estrangeira em inglês (ao contrário da Jovem Guarda, que fazia versões na língua nativa), muita ocidentalização até no visual. Era a questão da autenticidade.

Isso tudo não faz justiça aos Group Sounds: eles fizeram técnicas de gravação do país avançarem e trouxeram uma contemporaneidade que depois se refletiria, inclusive em contraponto, em algumas das coisas mais legais da música pop japonesa como o folk e a new music. Sem Group Sounds talvez não existira o City Pop. Falei um pouco de City Pop nesse episódio do Quatrilho no meu podcast:

E, claro, a ligação entre a guitarra elétrica e a delinquência juvenil aconteceu dos dois lados do mundo. Minha filha é um caso sério, doutor. Rock é coisa do capeta.

Mas antes, preciso falar também de outro dragão.
Será que Shiryu de Cavaleiros do Zodíaco também é uma inspiração do Electric Dragon 80.000 V ?

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Para muitas crianças, Cavaleiros do Zodíaco foi a porta de entrada para a mitologia grega e as casas zodiacais. A quantidade de simbologia embutida nele era disfarçada com lógica parecida com a dos Super Sentai: cada personagem tinha algum "elemento" que os dava poder; a união faz a força; uma lambança de termos como cosmo interior, armadura de bronze, de prata, de ouro; o bem deve vencer o mal; e ainda incluía a astronomia (cada cavaleiro se refere a uma constelação).
Shiryu era um dos mais queridos – tem muita mulher que eu conheço que assistia a Cavaleiros do Zodíaco olhando para aquele cabeludo, meninas nervosíssimas como se estivessem vendo um show de Bon Jovi, Guns 'n’ Roses ou algo assim. Sim: Shiryu era sex symbol, uma espécie de rock star cego e careta sem guitarra. Shiryu era o Change Griffon do Cavaleiros, se é que me entendes (e eu sei que me entendes).
E eu? Respeita a minha pessoa, não vou ficar entregando as minhas intimidades assim! HAHAHAHAHAHA!

Voltando para o revoltadíssimo Morrison:
A distorção do som é símbolo e extravasamento da dor e revolta desde que existe distorção. Os poucos acordes do punk, por mais cooptados que tenham sido pelo mercado, ainda fazem parte do repertório da revolução. Sogo Ishii tem outras obras menos fantasiosas e mais centradas na música que vão nessa mesma linha de pensamento.

E isso me lembra também um dos episódios de O Inexplicável, o programa apresentado por William Shatner no History. Ele conta a história de uma mulher que foi atingida duas vezes por raios e sobreviveu. Não só: ela de alguma maneira sente a energia elétrica de maneira mais intensa que a gente. Morrison da vida real.

Quando me perguntam sobre religião e no que eu acredito, digo que sou agnóstico. Acredito em algo que não sei explicar bem o que é: energia. Mas não é necessariamente energia elétrica: é algum elemento que fica, que paira e se movimenta, alguma coisa que ainda poderá ser explicada pela física. Se nada se perde e tudo se transforma, o que acontece com os nossos pensamentos? A nossa consciência?

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A energia também é sexy. Né?

Quem gostou desse post pode gostar também destes outros:
. Reflexões sobre o rosto como nossa identidade, incluindo Kylie Jenner e um filme japonês chamado A Face do Outro.
. As músicas que embalaram o Brat Pack nos anos 1980.
. Você devia ouvir mais da Érika Martins.

June 05, 2020 /Jorge Wakabara
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